Tijolômetro – Homem-Aranha Através do Aranhaverso (2023):
Cinco anos se passaram desde o grande sucesso de Homem-Aranha no Aranhaverso, animação que nos apresentou ao carismático Miles Morales e nos deu uma pequena amostra do multiverso do Cabeça-de-Teia. Agora, reencontramos o herói em uma jornada louca e impressionante pelas infinitas realidades paralelas de Homem-Aranha Através do Aranhaverso.
Dando continuidade ao primeiro filme, acompanhamos Miles tentando conciliar sua vida de super-herói do Brooklyn com a rotina de um adolescente comum. Essa tarefa, que já não era simples, fica ainda mais complicada depois que ele reencontra Gwen Stacy, a Mulher-Aranha, e retorna ao multiverso. Lá, o rapaz encontra uma equipe formada por variantes do Homem-Aranha vindas de diferentes dimensões. Sob a liderança do Homem-Aranha 2099, eles precisam combater um inimigo que ameaça a existência de todas as realidades, porém isso coloca Miles diante de um terrível impasse.
Dentre tantas produções recentes envolvendo multiverso, Homem-Aranha Através do Aranhaverso se une a Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo como um dos melhores exemplos de como abordar esse tema. A trama não tem medo de se deixar levar pela loucura dos mundos paralelos, transitando de um para outro de forma frenética, mas que ainda faça sentido. No meio disso, somos bombardeados com tantas referências e easter eggs que não é possível captar todos assistindo apenas uma vez, fazendo com que cada vez que assistimos à obra seja uma experiência diferente da anterior.
Temos vislumbre das mais diversas variações do Teioso, cada qual com sua peculiaridade, no entanto algumas chamam mais atenção. A primeira delas é a Spider-Gwen, cujo destaque é maior dessa vez e mostra parte do seu passado como a Mulher-Aranha da Terra 65. Outra figura de peso é Miguel O’Hara, o poderoso Homem-Aranha 2099, o qual não mede esforços para preservar o multiverso, nem que para isso precise tomar atitudes questionáveis. Por último, vale a menção a Hobie Brown, o Spider-Punk que rouba a cena com seu jeito irônico e divertido, sem contar o estilo único de animação dado ao personagem.
Já é marca registrada que todo Cabeça-de-Teia precise passar por momentos difíceis que moldam seu caráter e o ajudam a trilhar o caminho do heroísmo. Foi assim com os Aranhas de Tobey Maguire, Andrew Garfield e Tom Holland. Agora é a vez de Miles Morales passar por esse processo de amadurecimento e o roteiro do filme foca nisso, fugindo do que já era esperado e garantindo o protagonismo de Miles mesmo com tantas versões do herói em tela.
A produção não estaria completa se não fosse pela animação impecável que passa por diferentes estilos e cores, tudo de maneira fluida para nos apresentar cenas de ação empolgantes e dinâmicas. E para embalar tudo isso, a trilha sonora é um ingrediente especial que torna a experiência ainda mais imersiva.
Por ser uma história dividida em duas partes, o longa deixa o final em aberto, de forma que só saberemos o que irá acontecer em Homem-Aranha Além do Aranhaverso, previsto para estrear em março de 2024. Não há nem mesmo cenas pós-créditos. Mesmo assim, as duas horas e 21 minutos de projeção rendem muitas surpresas, reviravoltas e senso de humor na medida, fechando a primeira parte da narrativa de maneira impactante.
Homem-Aranha Através do Aranhaverso pode ser incluído tranquilamente no rol dos melhores filmes sobre multiverso, além de ser uma das animações mais bem-feitas para o cinema. A combinação do carisma de um dos heróis mais queridos do mundo com o ritmo frenético de um bom roteiro faz com que a obra seja uma referência para as produções do gênero.
Assista ao trailer:
Leia a crítica de Homem-Aranha no Aranhaverso
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