Talvez você não saiba, mas produções desconhecidas do grande público podem oferecer uma experiência diferenciada. Algumas podem te fazer refletir sobre diferentes assuntos como, por exemplo, se colocar no lugar do outro. Esse é o caso da primeira temporada de As 7 Vidas de Lea, série francesa da Netflix baseada no livro “As 7 Vidas de Léo Belami”, de Natael Trapp. Na trama, após descobrir os restos mortais de um jovem, Lea (Raika Hazanavicius) desperta nos anos 90 e troca sete vezes de corpo enquanto tenta resolver o mistério da morte dele.
Com uma história que utiliza um conceito comum da ficção cientifica – a viagem no tempo – As 7 vidas de Lea promove um resgate nostálgico de uma década pouco revisitada em filmes e séries recentes. Desse modo, há espaço para referências pontuais de elementos comuns daquela época. No entanto, esse é apenas um dos elementos interessantes da série pois ao acompanharmos a jornada da protagonista encarnando em corpos diferentes temos a oportunidade de, junto com ela, conhecer e desvendar outras vidas diferentes da sua.
Desse modo, a série se destaca ao mostrar as camadas da personalidade de pessoas totalmente diferentes entre si. Também sugere uma transformação de como olhar para o próximo sem julgamento. É como se inspirasse indiretamente na abordagem de O Clube dos Cinco sobre a juventude. E assim como o clássico de John Hughes, As 7 Vidas de Lea também traz um lembrete de como a ficção é um reflexo do mundo real e um convite à empatia.
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