Batman: Cruzado Encapuzado chegou ao Prime Vídeo com a árdua tarefa de entregar uma animação relevante sobre o icônico herói da DC Comics, mas sua primeira temporada fica marcada ao mesmo tempo por muitos acertos no roteiro e na ambientação e escolhas de caminhos polêmicos na adaptação de personagens clássicos.
Em Gotham City, os cidadãos de bem vivem em constante estado de medo por conta de atos terroristas praticados por diferentes tipos de ameaças. Nesse contexto, o bilionário Bruce Wayne defende a cidade como o Batman, mesmo com todos os obstáculos criados pela força policial que ainda não confia totalmente no seu trabalho. Porém, suas ações heroicas geram ramificações mortais, tornando ele a única solução viável para acabar com a corrupção da cidade.
Com desenvolvimento de Bruce Timm, criador da série animada dos anos 1990, em parceria com J. J. Abrams, Batman: Cruzado Encapuzado se assemelha com a clássica HQ “Batman: Ano Um”, de Frank Miller, que apresenta o herói em início de carreira. Curiosamente, esse mesmo material inspirou o filme dirigido por Matt Reeves, que também consta como um dos produtores.
Por conta disso, não é de se estranhar o fato dos episódios possuírem um visual que remete ao cinema noir em vários aspectos como a fotografia, o uso de luzes e sombras, a composição dos cenários além do estilo da trilha sonora composta por Frederik Wiedmann com direito a abertura em preto-e-branco.
Outro detalhe que precisa ser comentado em Batman: Cruzado Encapuzado é a mudança que ocorreu em alguns personagens clássicos. Entre eles, está o Comissário Gordon e sua filha, Barbara, que agora são negros. Apesar dessa alteração causar algum incômodo sem sentido em certa parcela do público, vale ressaltar que ambos continuam sendo cativantes e tendo relevância nesse universo. Ela inclusive passa a ter mais participação em alguns episódios por conta de seu trabalho como advogada, algo diferente das outras versões dela em outas adaptações.
Ainda sobre a presença feminina na animação, é polêmico o uso de duas vilãs dessa primeira temporada. Por ser um caso de mudança de gênero, a Pinguim pode causar incomodo, mesmo sendo desenvolvida como alguém tão ameaçadora quanto a versão original do vilão clássico. Já Arlequina ganha uma nova camada em sua personalidade, como pode ser visto em “Olhar Penetrante” (S1E5), e uma origem diferente do esperado se compararmos com a forma que foi apresentada na série animada.
Batman: Cruzado Encapuzado pode não agradar muitos fãs de longa data por conta de suas mudanças e nem superar outras animações do herói, mas sua qualidade em outros quesitos compensa isso de outras formas, além de criar uma boa expectativa para o futuro.
Assista ao trailer:
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Batman: Cruzado Encapuzado
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