Tijolômetro – Premonição 6: Laços de Sangue

Desde o início dos anos 2000, a franquia Premonição conquistou uma legião de fãs traumatizados e com medo de sofrerem uma morte terrível durante situações cotidianas. Depois de um grande intervalo desde o lançamento do quinto filme, em 2011, Premonição 6: Laços de Sangue estreia nos cinemas como uma forma de homenagem à trajetória da Morte, passando por momentos tensos, absurdos e, principalmente, divertidos.
Stefanie (Kaitlyn Santa Juana), é uma jovem que vem sofrendo com pesadelos recorrentes sobre um terrível acidente que ocorreu nos anos 1960. A única que pode ajudá-la a compreender esses sonhos macabros é sua avó reclusa e problemática, Iris Campbell (Brec Bassinger/Gabrielle Rose). Assim, a garota descobre que, após várias décadas, a Morte finalmente chegou para levar toda a sua família.
Quem acompanha a série de filmes sabe que, a cada nova produção, as mortes dos personagens ficam cada vez mais bizarras e ocorrem nas situações mais absurdas. Por isso, ao longo dos anos, os fãs aprenderam a nunca viajar atrás de uma carreta carregando toras de madeira, a ficar longe de ralos de piscina e evitar câmaras de bronzeamento artificial. Premonição 6 mantém essa mesma linha de desenvolvimento e entrega tudo o que promete, além de desbloquear um novo medo: moedas.
Mesmo que nós, espectadores, saibamos o que vai acontecer, o roteiro consegue quebrar as expectativas em alguns momentos, nos levando a acreditar que algo irá acontecer de um jeito quando, na verdade, ocorre de outro. Isso é feito com closes em objetos aparentemente inofensivos – ou potencialmente letais – que acabam desencadeando uma sequência de acontecimentos que causam a morte de alguém de maneira inusitada.
Nesse contexto mortal, vale destacar a cena introdutória que se passa em um restaurante no topo de uma torre de 120 metros de altura. Esse é o único momento em que uma boa dose de tensão é construída. Daí em diante, o longa passa a ter uma abordagem mais cômica que realmente funciona e diverte pelas bizarrices.
Entre as situações engraçadas, existem piadas e referências aos filmes anteriores que brincam com os clichês que foram criados dentro da franquia. E mesmo que você não tenha visto nenhum deles, isso não vai comprometer seu entendimento de uma forma geral. Para os fãs de carteirinha, alguns nomes e rostos serão familiares, mas sem grande impacto.
Só por esses detalhes bem humorados já dá para perceber que Premonição 6 não se leva a sério, e isso é um ponto positivo. Isso nos permite relevar as atuações terríveis, além das inconsistências no roteiro, a falta de explicações para algumas coisas e a conveniência de certas decisões criativas. Tudo acontece apenas para que a Morte possa agir e entregar aquilo que a plateia espera encontrar.
Premonição 6: Laços de Sangue está longe de ser um novo clássico do terror, assim como os filmes anteriores. Mesmo assim, não deixa de ter destaque dentro de toda premissa que foi construída. Para os fãs, essa pode ser uma das melhores produções da franquia. Já para os não tão fãs assim, será pelo menos quase duas horas de diversão sem qualquer compromisso com algo mais complexo. De um jeito ou de outro, nunca é demais tomar cuidado com moedas soltas por aí…
Assista ao trailer:
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