Sem sombra de dúvida, a história da literatura está repleta de escritores marcantes. Inclusive, já citei alguns deles em textos sobre livros que me marcaram em duas oportunidades aqui nesta coluna. A primeira sobre o poder visionário da literatura e a segunda sobre os passos da leitura em nossas vidas. Também já falei sobre isso no episódio 21 do Leituracast. Por conta disso, resolvi fazer um complemento no texto de hoje ao citar alguns autores que tive a grata oportunidade de conhecer ao longo da minha jornada como leitor.
O primeiro deles é responsável por uma das primeiras e mais prazerosas leituras da minha vida: Mark Twain. Li As Aventuras de Tom Sawyer próximo do fim da adolescência e posso dizer com segurança que foi uma experiência inesquecível. O principal motivo que me leva a fazer uma afirmação como essa se deve ao fato de sua escrita ser leve, ou seja, sem uso de palavras muito rebuscadas. Um detalhe como esse é importante para qualquer leitor que ainda não está 100% envolvido no mundo literário. É o primeiro passo necessário para voos mais altos.
O próximo autor certamente já foi odiado por muita gente: Machado de Assis. Graças ao fato de Memórias Póstumas de Brás Cubas ser um dos livros obrigatórios para provas de vestibular, muitos estudantes tiveram a árdua tarefa de ler esta obra. Provavelmente, isso fez com que essas mesmas pessoas se afastassem da história de um homem rico que relembra seu passado após a morte. Na minha época (e digo isso enquanto aliso uma ostensiva barba), tive a oportunidade de olhar para este clássico com outros olhos graças ao belo trabalho de um professor de literatura. Senão fosse por sua apresentação única capaz de instigar a curiosidade de seus alunos, acredito que não teria lido com tanto interesse. E, acreditem quando digo que foi uma leitura que valeu muito a pena. Se quiser conhecer mais sobre outra de suas obras, confira esta lista com 8 casais icônicos da literatura.
Mudando um pouco o foco, mas nem tanto, acho pertinente citar um poeta: Manuel Bandeira. Posso dizer sem medo de errar que foi o meu primeiro contato real com poesia, uma arte que aprendi a admirar com muito carinho. Neste caso em especifico, a leitura foi uma experiência memorável depois que conheci um pouco mais de sua história de vida. Na coletânea intitulada Libertinagem, é possível ver que sua arte se mantinha viva mesmo com tantos problemas de saúde que pareciam anunciar uma morte iminente. Curiosamente, o autor de poemas como “Pneumotórax”, “Pensão Familiar”, “Profundamente” e “Vou-me embora pra Pasárgada” viveu muito além do esperado. Caso você tenha ficado curioso, fica a dica para conferir esta lista com alguns poemas do seu livro.
Encerro este breve texto com a vontade de algum dia retomar o tema seja em um futuro próximo ou não. Para você que chegou até aqui, fica o convite para deixar nos comentários qual foi sua experiência com a literatura.
Olhar Literário é uma coluna escrita por Marcus Alencar. Marcus é redator no site Leituraverso e um dos hosts do podcast Leituracast