Senta, puxa uma cadeira e prepare uma xícara de café para termos dois dedos de prosa pois hoje está estreando o Tarja Histórica!
Hoje em dia é muito comum pessoas sentarem para discutir a cultura pop, algo que era de nicho – por exemplo, ser nerd na década de 90 – passou por uma popularização. Nos dias atuais é bem “descoladinho” ser nerd. E, se essa vai ser uma coluna de história, nada melhor do que começar falando sobre como a história pode influenciar a cultura pop. Ou melhor, sobre como filmes e jogos podem retratar muito bem o contexto de um certo período. E o melhor de tudo, você pode aprender muito mais com eles.
É muito diferente você ler em um livro sobre o Renascimento e jogar “Assassins Creed II“. Logicamente, o livro vai te ensinar mais sobre o período, porém o jogo é capaz de dar uma imersão muito maior. O famoso “mundinho”. Quem nunca perdeu algumas horas somente explorando a arte dos cenários de belos jogos?
A história tem o poder de esclarecer as pessoas. Torna o mundo muito mais colorido, e ao mesmo tempo tornar os seus jogos mais legais, mais proveitosos. Só uma passagem pela história é capaz de preencher todas aquelas lacunas – até certo ponto incompreensíveis – do presente. Oras, você nunca se perguntou porque o Brasil é essa bagunça toda? O que é a Valhalla tão mencionada em “Fury Road“? Rocky IV? Ou porque os filmes da década de oitenta sempre faziam uma referência a Guerra Fria? Até mesmo o mais clássico dos clássicos Star Wars já abordou uma passagem da história da humanidade. Por acaso você já ouviu falar da “Corrida Espacial”?.
Pois é, uma simples ida ao passado tem uma grande representatividade no presente.
Ela tem o incrível poder de ligar os pontos.
E em uma simples tarde de jogatina, ou sentado em frente a Netflix vendo um bom filme, você é capaz de aprender muito mais sobre um período do que em certos livros acadêmicos. Não me entenda mal, não estou deixando de lado o conhecimento acadêmico, este é necessário – afinal de contas sem ele em que se baseariam os filmes, jogos, a cultura pop? – estou apenas afirmando que outras mídias são capazes de facilitar a imersão. E, principalmente os jogos têm esse poder.
Pensa em como sua experiência seria melhor se você tivesse prestado atenção àquela aula sobre expansão americana em direção ao Oeste Selvagem. “Red Dead Redemption” seria saboreado de uma maneira diferente, seria muito melhor, se é que isso é possível. Voltando aos “Assassins Creed” – e para isso deixe o imbecil do Datena e seus amigos fascistas de lado – imagine como seria mais rica a sua experiência se somada as aulas de Revolução Francesa, Independência dos EUA, Iluminismo, Cruzadas, e por aí vai.
Pior, imagine um mundo sem “Battlefield” se os historiadores simplesmente achassem que a Primeira e a Segunda Guerra não fossem dignas de serem registradas. Imagine não existir referências para os romances de “Cornwell“?
Sem registro de toda a cultura grega como seria possível a franquia “God Of War“?
É exatamente por isso que você não pode dormir nas aulas de história, ou pelo menos não deveria. Mesmo se a aula estiver chata dê um jeito, procure no Youtube, leia livros, torne a sua vida mais colorida. Não se prive do conhecimento.
E com a história você pode entender a humanidade. Leia alguns autores como Hobbsbawn ou March Bloch, suas obras são bem acessíveis, tranquilas de ler. Veja como a situação chegou onde chegou. Mas nesse caso eu não recomendo uma imersão muito aprofundada, principalmente no que se refere a política, porque isso faria de você uma pessoa mais triste. Já diria Raul: “Quem me dera fosse burro, assim não sofreria tanto!”.
Então vá…
Desfrute da cultura pop, seja uma pessoa melhor, procure entender o funcionamento das coisas. Ligue os pontos. Steve Jobs já havia dado um toque há muito tempo. Depois volte aqui com seu café para conversarmos mais vezes.
E, vamos falar mais da HISTÓRIA, JOGOS e FILMES.
Luiz Nase é podcaster no Paleonerd, e xinga o Bolsonaro nas redes sociais só por hobbie.