Tijolômetro – Aquaman 2: O Reino Perdido (2023):
No geral, 2023 foi um ano ruim para a bilheteria dos filmes de super-heróis, com poucas exceções como Guardiões da Galáxia Vol. 3 e Homem-Aranha Através do Aranhaverso. Mas aos 45 do segundo tempo, a DC também conseguiu emplacar um sucesso com Aquaman 2: O Reino Perdido que, mesmo seguindo uma fórmula batida, conseguiu se destacar dentre os lançamentos da Waner para o DCEU no ano passado.
Nesta sequência do filme de 2018, encontramos Arthur Curry (Jason Momoa) tendo que revezar entre sua vida como pai de família na superfície e como o rei de Atlântida no fundo do oceano. Enquanto ele lida com a criação do filho e com a burocracia do reino, o Arraia Negra (Yahya Abdul-Mateen II) se apodera do Tridente Negro, um artefato poderoso que desperta uma antiga força maligna. Para derrotar essa ameaça, Aquaman precisa se aliar a alguém pouco provável e superar ressentimentos passados.
O grande acerto de Aquaman 2 está por conta de Jason Momoa, que carrega o filme com seu carisma e presença em tela, assim como ele fez em Velozes e Furiosos X. A personalidade bad-ass que ele imprime ao protagonista casa bem com as cenas de ação criativas e faz um contraste divertido com o lado cômico da narrativa. O humor está bem equilibrado com os momentos sérios e as piadas, mesmo em grande quantidade, não perdem o timing.
Parte da comédia resulta da boa interação entre Arthur e seu irmão, Orm (Patrick Wilson) que precisam esquecer suas diferenças e superar a desconfiança que nutrem um pelo outro para trabalharem juntos. Contudo, os dois personagens também dividem momentos sérios, onde Orm tem a chance de conquistar sua redenção depois de ser o vilão do primeiro longa.
Já os vilões de Aquaman 2 desperdiçam a chance de irem além do comum e previsível. Tanto o Arraia Negra quanto o poder ao qual ele se une mostram-se superficiais e genéricos, assim como todo o roteiro do filme, cujo objetivo é nos apresentar ao tal Reino Perdido citado no título da produção, mas o faz de maneira pouco impactante, tanto que dificilmente serão lembrados no futuro ou até mesmo reutilizados por James Gunn em seu reboot do DCEU.
Além de Arthur e seu irmão, outros personagens ganham um pouco de destaque por desempenharem funções específicas no filme que ajudam o protagonista a cumprir sua missão. A primeira delas é Mera que, mesmo com a redução da participação de Amber Heard, ainda tem momentos que chamam atenção. Outro é o Dr. Stephen Shim (Randall Park), ainda que suas ações fossem previsíveis desde o início.
Aquaman 2: O Reino Perdido pode não se destacar por uma trama inovadora ou surpreendente, mas proporciona duas horas de entretenimento graças ao senso de humor, à ação e, principalmente, ao carisma do personagem-título e seu intérprete. Isso já é suficiente para justificar seu desempenho financeiro superior em relação aos outros filmes da DC lançados em 2023.
Assista ao trailer:
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