Emocionante, sincero, polêmico e profundo de uma forma interessante. Talvez seja precipitado demais começar uma resenha logo com tantos adjetivos, mas, ao mesmo tempo, não consigo deixar essas palavras de fora quando penso no livro As Vantagens de Ser Invisível (2007, editora Rocco), de Stephen Chbosky. Na história, Charlie é um garoto de 15 anos que relata uma fase da sua vida através de cartas para um “amigo” nas quais temos uma rara oportunidade de ver o mundo com outros olhos.
Nesse sentido, acho importante dizer que se trata de uma leitura especial, pois consegue ser muito bem apreciada por quem se identifica com seus personagens. A ideia de contar a história de Charlie através das cartas só contribui para que tenhamos uma conexão com o personagem. Quase como uma relação de amizade na qual nos tornamos amigos dele. Torcemos por ele, sentimos pena e nos emocionamos com seu amadurecimento. Pode se dizer que a empatia ocorre com muito mais facilidade. Se você já teve que lidar com coisas como problemas na família, o medo de um primeiro encontro e até a sensação de deslocamento social na escola, então pode ter certeza que essas questões irão te tocar de um modo ou de outro durante a leitura. Pelo livro, vemos o mundo pelos olhos de Charlie que muitas vezes age como um coadjuvante mesmo sendo um protagonista de sua própria história.
Nesse ponto, não posso deixar de ressaltar outro aspecto marcante do livro que é sensibilidade de Charlie. Uma característica que só parece aumentar aliada a outra que é a sua ingenuidade. Nesse momento, vamos descobrindo o mundo junto com ele. E assim tentando entender como cada coisa funciona, pois esta é a fase da descoberta na qual se percebe que o mundo não é tão preto no branco como parecia quando éramos crianças. Muito mais que isso, é um momento de transição e de começar a aprender com as mudanças da vida.
Bom, de um modo geral, acho que isso é tudo o que tenho pra dizer sobre o livro. Fiquei muito contente pela oportunidade de conhecer essa história, pois mesmo escrito de forma tão simples traz boas reflexões.
“Então, acho que somos quem somos por várias razões. E talvez nunca conheçamos a maior parte delas. Mas mesmo que não tenhamos o poder de escolher quem vamos ser, ainda podemos escolher aonde iremos a partir daqui. Ainda podemos fazer coisas. E podemos tentar ficar bem com elas.”
Adicione este livro à sua estante!
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