Tijolômetro – Chefes de Estado

Duplas em comédias de ação quase sempre foram sinônimo de sucesso. Desde os anos 1980, com filmes como Tango e Cash – Os Vingadores (1989) e a franquia Máquina Mortífera (1987-1998), esse formato se consolidou. A fórmula funciona quando o roteiro mantém o humor em alta e a direção entrega cenas de ação empolgantes. Apostando em atores experientes nesse subgênero, Chefes de Estado acerta em alguns pontos, mas no final não alcança o melhor resultado possível.
O presidente americano Will Derringer (John Cena) e o primeiro-ministro britânico Sam Clarke (Idris Elba) têm uma rivalidade nada amigável. No entanto, na tentativa de melhorar essa relação diplomática diante da opinião pública, os dois decidem viajar juntos no Força Aérea Um, que é abatido em território inimigo. Isso os obriga a trabalhar lado a lado para encontrar uma forma de impedir uma violação de segurança global.
Quando o primeiro trailer de Chefes de Estado foi lançado, a expectativa não demorou a surgir, ainda mais para quem já viu produções com esses atores, como O Esquadrão Suicida, no qual a interação entre eles é uma das coisas mais hilárias do filme. Infelizmente, o roteiro de Josh Appelbaum e André Nemec não se inspira nesse primeiro encontro da dupla e opta por um humor mais contido, um detalhe que, por si só, é decepcionante.
Por outro lado, as cenas de ação compensam em grande parte essa limitação. Mesmo que a ideia de políticos como essas figuras do tipo “exército de um homem só” restrinja a proposta em alguns momentos. Vale destacar a agilidade dos movimentos de câmera escolhidos pelo diretor Ilya Naishuller. Essa opção constrói um ritmo interessante e dinâmico.
Colocando todas essas questões na balança, fica a certeza de que ação e carisma seguram o filme, mas não o salvam por completo. Ao não aproveitar o potencial comprovado de seu elenco principal em uma história desse tipo, Chefes de Estado se torna, no fim das contas, um forte candidato a cair no esquecimento.
Assista ao trailer de Chefes de Estado:
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