“No jogo da vida, o único erro imperdoável é a hesitação.” – Kiyotaka Ayanokoji
A frase acima, dita pelo frio e calculista protagonista de Classroom of the Elite, resume bem a essência da terceira temporada desse anime: uma batalha intelectual repleta de intrigas e reviravoltas. As duas primeiras temporadas foram aclamadas pela crítica e pelo público por sua inteligência e suspense, mas será que essa temporada consegue superar as expectativas criadas pelas duas anteriores?
Baseado no mangá de mesmo nome, escrito por Shogo Kinugasa e ilustrado por Shunsaku Tomose e adaptado pelo estúdio Lerche, Classroom of the Elite se tornou um fenômeno global, conquistando milhões de fãs com sua história envolvente de mistério e plot twists.
A terceira temporada, com 12 episódios, não foge à fórmula que consagrou a série. Continuamos a exploração de temas complexos de sobrevivência e manipulação de Kiyotaka Ayanokoji que, munido de sua mente brilhante e estratégias infalíveis, continua a manipular seus colegas de classe e orquestrar situações caóticas para alcançar seus objetivos.
Um dos pontos fortes desta temporada é, sem dúvida, a inteligência do protagonista. Ayanokoji demonstra um nível de perspicácia e planejamento incomparável, sempre vários passos à frente de seus oponentes. É fascinante observar como ele prevê cada jogada, manipula as emoções dos outros e utiliza seus conhecimentos para alcançar a vitória.
Outro elemento que prende a atenção do espectador é o clima de mistério que permeia a história. Cada episódio apresenta novos desafios e enigmas a serem desvendados, e a sensação de que tudo está dentro dos planos de Ayanokoji torna a experiência ainda mais imersiva.
No entanto, nem tudo são flores. A terceira temporada sofre de um ritmo problemático, com várias idas e vindas que acabam por cansar o espectador. As intrigas, que poderiam ser um ponto forte, tornam-se exageradas e repetitivas, tirando a sensação de frescor e inovação que caracterizava as primeiras temporadas.
O principal ponto negativo, contudo, permanece: a falta de desenvolvimento dos personagens coadjuvantes. Assim como nas temporadas anteriores, os colegas de Ayanokouji são apresentados como meros peões em seu grande jogo. A tentativa de desenvolvimento de personagens como Horikita parece forçada e artificial, não contribuindo significativamente para a narrativa. A forma como Ayanokouji os vê apenas como peças de um tabuleiro reflete a desconexão que o público também sente, impossibilitando uma ligação emocional mais profunda.
Entre altos e baixos, a terceira temporada de “Classroom of the Elite” não consegue superar as expectativas. Embora mantenha seus pontos fortes, como a inteligência e o mistério que cercam Ayanokouji, falha ao repetir padrões desgastados e não oferecer um desenvolvimento significativo. A sensação é de estagnação, como se o autor não soubesse explorar novas direções para sua história, levando a uma narrativa cíclica e previsível.
Há especulações sobre uma possível quarta temporada, mas resta saber se ela conseguirá trazer a renovação que a série tanto precisa. Com um enredo que parece andar em círculos, “Classroom of the Elite” ainda tem muito a provar para retomar o brilho inicial e satisfazer as expectativas de seus fãs.
Classroom of the Elite (3ª Temporada)
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Nota