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    Luke Cage (1ª Temporada)│Crítica

    Marlon ViniciusBy Marlon Vinicius28/11/201610 Mins Read
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    Luke Cage (1ª Temporada)│Crítica
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    Em tempos onde termos como representatividade e inclusão social andam justamente tão em voga, a chegada desta série da Netflix é bem vinda. Mais do que ser o terceiro produto da parceria da plataforma com a  Marvel – se levarmos em conta as duas temporadas de Demolidor e uma de Jessica Jones, onde foi apresentado -, Luke Cage traz um necessário debate sobre a cultura afro-americana e a maneira que os negros e a periferia são tratados pelo sistema e até mesmo retratados pela dramaturgia.

    Expandindo o legado de personagens como o Falcão e o Pantera Negra, o herói de aluguel Cage foi o primeiro a ter um título próprio nas HQ’s; “Luke Cage: Hero For Hire” em junho de 1972. Criado para aproveitar o auge do gênero blaxpoitation no cinema que gerou ícones como Isaac ‘Shaft’ Hayes e Pam Grier, ele era invulnerável, dotado de super-força e trazia consigo todos os maneirismos e clichês presentes na época, desde o visual colorido até gírias (“sweet christmas!”) que caíram no gosto de seu público. Entretanto, assim que tais filmes perderam força comercial ele passou a dividir o título com outro herói urbano da editora, o Punho De Ferro – coincidentemente, o próximo a ganhar uma série pela Netflix cujo teaser você pode conferir clicando aqui – que resultou numa parceria nos quadrinhos que durou até 1986, mas que é ainda hoje aclamada pelos leitores.

    Nos últimos anos a popularidade de Cage cresceu muito perante as novas gerações, a ponto de fazer parte dos Vingadores e desempenhar importante papel durante a Guerra Civil, além de seu relacionamento com Jessica Jones ter gerado uma filha, Danielle. Levando uma mitologia tão variada em consideração, o criador da série Cheo Hodari Coker teve um desafio considerável pela frente: Entregar uma atração que ao mesmo tempo respeitasse a essência do personagem e que soasse contemporânea a geração do ‘tudo-ao-mesmo-tempo-agora’,  ainda mais quando a onda de adaptações de super-heróis de HQ já começa a provocar tímido cansaço no público.

    Podemos acompanhar a história de Luke Cage (Mike Colter), um homem que luta para manter seu passado em segredo enquanto leva uma vida normal e honesta, trabalhando e morando na barbearia de Henry ‘Pop’ Hunter (Frankie Faison) em pleno Harlem após A Batalha de Nova York vista em Os Vingadores (2012). Logo ele descobre que precisará encarar sua própria história para seguir em frente: nascido Carl Lucas, filho de um casal religioso e boxeador amador quando adolescente, se envolveu com uma gangue e foi para a penitenciária de Seagate, onde foi chantageado para participar de um esquema ilegal de lutas, passou por formas extremas de tortura física e psicológica, até se voluntariar num programa secreto de supersoldados em troca da redução de sua pena com a ajuda da Dra Reva Connors (Parisa Fitz-Henley), por quem acaba se apaixonando.

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    Um acidente acaba por ocorrer no experimento e Cage tem sua força aumentada dezenas de vezes em relação a um homem normal, além de se tornar praticamente invulnerável. Quando circunstâncias variadas o envolvem numa intrincada trama com o mafioso Cornell “Boca de Algodão” Stokes (Mahershala Ali), gangues étnicas, a detetive policial Misty Knight (Simone Missick) e a vereadora Mariah Dillard (Alfre Woodard), seu senso de justiça e moralidade são colocados a prova e a ajuda da enfermeira Claire Temple (Rosario Dawson) se mostrará substancial. Utilizando-se de uma caprichada e variada trilha sonora que vai desde Wu-Tang Clan a Raphael Saadiq, com bons planos e tomadas que evidenciam a riqueza cultural presente no Harlem, Luke Cage é um um retrato convincente dos dilemas que assolam o “cidadão comum” em meio aos mais variados conflitos, mesmo numa perspectiva onde supersoldados, semideuses e monstros caminham entre nós. Ainda que o cidadão em questão não seja tão comum.

    Dito isto, é necessário evidenciar que a parceria entre Marvel e Netflix vem oferendo ao público uma oportunidade de conferir as consequências de grandes acontecimentos vistos na tela grande, mas de um modo mais realista, como foi abordado nas temporadas de Demolidor e Jessica Jones, e mais ainda, em Agents Of Shield, ainda que a relação não seja tão mútua pelo cinema praticamente não se utilizar do que ocorre na tela média. Muito disso pode ser admitido ao formato dos seriados, que permite um aprofundamento bem maior do que um filme de pouco mais de 150 minutos, afinal estamos falando de treze episódios com pouco mais de 50 minutos cada. Luke Cage não foge disso, pois existem inúmeras citações aos Vingadores, a SHIELD e vários outros elementos do universo cinematográfico marcam presença, sem deixar de enfocar os moradores e a cultura do Harlem.

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    Dentro destas citações, a adição mais interessante sem dúvidas é a utilização de material Chitauri (a raça alienígena liderada por Loki na invasão a Nova York e repelida pelos Vingadores) pelo mercado paralelo de armas através das Indústrias Hammer (Homem de Ferro 2), que resultam na confecção das balas Judas, capazes de perfurar a pele de Luke. Se trata de um recurso narrativo que gera uma perspectiva inédita de vulnerabilidade ao personagem, fazendo com que ele precise confiar mais nas pessoas invés de apenas fugir ou sair demolindo tudo e todos como um trator.

     é justamente sobre os ombros deste Cage que repousam as principais observações, não apenas por ser o protagonista. Claramente baseado na versão mais recente do personagem nos quadrinhos e defendido de forma correta por Colter, aqui não temos de cara o homem sorridente, mulherengo e cheio de si dos anos 70, mas alguém que passou por maus bocados e perdeu muito na vida. Se por fãs e conhecedores do material clássico a versão de Colter foi tida como sem carisma e apagada a ponto de sequer soltar palavrões (nos quadrinhos Cage xinga tanto quando Samuel L. Jackson em seus filmes), pode-se também concluir que ele é alguém que busca sempre se esconder na multidão, mesmo sendo um sujeito maior do que a maioria das pessoas normais, mas que não se furta em ajudar quem precisa. A construção de Cage ao longo dos episódios é crível e aos poucos ele se torna mais bem humorado e galanteador – “Quer café?” -, com referências a sua origem como herói de aluguel sendo plantadas aqui e ali.

    Cage tem em ‘Pop’ Hunter uma espécie de padrasto e conselheiro. Inexistente nas HQ’s, o barbeiro foi criado exclusivamente para a série e se mostra uma espécie de referencial de conduta e moral para vários outros personagens, inclusive para Cornell Stokes (Ali), cuja trama pode ser resumida como a de tantos outros jovens talentosos que acabaram por ingressar numa vida de crimes e acabam agindo mais por emoção do que a razão, num bom desempenho por parte do ator. Sua relação com Mariah Dillard (Woodard) é delicada e gera alguns dos momentos mais pesados da temporada. Inicialmente relutante em assumir uma postura mais ativa no submundo do crime para não arriscar sua carreira política em ascensão, Dillard se revela fria, vingativa e dissimulada. Aliás, cabe uma curiosidade sobre Woodard: Ela interpretou a mãe de um universitário morto em Sokovia que interpela Tony Stark (Robert Downey Jr.) em ‘Capitão América: Guerra Civil’. Seria apenas uma coincidência ou a influência da vereadora é realmente tão grande como ela diz a ponto de ultrapassar outros continentes e manipular um Vingador? O final da primeira temporada nos deixa com a pulga atrás da orelha em relação ao que Dillard é capaz… Portanto, eu não acharia absurdo.

    Como qualquer história a ser contada, Luke Cage possui suas reviravoltas, e na altura da metade dos episódios descobrimos quem se trata do antagonista real: Wyllis Stryker, o Cascavel/Diamondback (Erik LaRay Harvey), meio-irmão de Cage, por quem nutre imenso ódio e inveja. Sem medo de intimidar ninguém e mostrando total ausência de escrúpulos, Stryker é um fanático religioso, habilidoso com armas e lutas e Harvey exibe um olhar carregado de psicopatia e cinismo, fazendo com que o espectador sinta medo e repulsa por sua figura. Se o público de cinema vem se queixando dos vilões que a Marvel vem apresentando, em suas séries não há o que reclamar até o momento, e Wilson Fisk (Vincent D’Onofrio), Kilgrave (David Tennant) e Stryker mostram-se nêmesis bem construídos e atormentados, muito bem defendidos por seus respectivos intérpretes.

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    As personagens femininas também se destacam e passam longe do estereótipo das mocinhas indefesas. Começando por Misty Knight (Messick), detetive policial implacável, bem resolvida e segura de si que esbarra com Cage numa noite. O recurso de flashback utilizado para ilustrar suas deduções em cenas de crime funcionam de forma bem interessante em relação a seriados investigativos. Oriunda dos quadrinhos, onde ostenta um braço biônico – cortesia de Stark, e existe referência a isso num determinado momento –  Knight pode ser definida como alguém que acredita que o sistema sempre funciona, o que gera atritos não apenas com Luke, mas com Claire Tempe, mas uma vez encarnada com convicção por Dawson. A enfermeira funcionará como o elo de ligação entre todas as séries Marvel/Netflix, inclusive as vindouras Punho de Ferro e Defensores. Mas Temple dessa vez não chega sozinha: sua mãe, Soledad (Sonia Braga), possui um restaurante no Harlem e acaba ajudando a filha e Cage em várias ocasiões.

    Já que falamos sobre o sistema algumas vezes, as nuances de corrupção e suborno que acabam adornando-o aparecem tanto nas figuras de Boca de Algodão, sua prima Dillard e Wyllis Stryker quanto o parceiro de Misty, o detetive e informante do crime Rafael Scarfe (Frank Whaley). Mas o destaque aqui cabe a Hernan ‘Shades’ Alvarez (Theo Rossi), que se mostra extremamente inteligente e calculista, e com conexões a todo o abuso que Cage sofreu em Seagate. Um capanga de quinta categoria nas histórias originais, Shades exibe bastante potencial inclusive para preencher o posto de antagonista principal em uma temporada futura. A série também acaba criticando em diversos momentos as brechas da lei e injustiças que permeiam julgamentos e condenações, a diferença de tratamento em relação figuras políticas e civis, além do abuso na abordagem dos oficiais, principalmente com negros e latinos.

    Entretanto, cabem alguns comentários sobre os problemas que a primeira temporada apresenta. Os mais graves são em relação a desenvolvimento e narrativa, do oitavo episódio em diante. As subtramas que ocorrem a partir da morte de Boca de Algodão na boate e o descontrole de Misty na delegacia acabam se revelando um pouco cansativas. E a luta entre Cage e Stryker se desenrola muito aquém das expectativas que os doze episódios anteriores acabaram criando, principalmente quando comparamos com um confronto violento e dramático como o de Matt Murdock (Charlie Cox) com Fisk (D’Onofrio) na primeira temporada de Demolidor. Depois de horas acompanhando a jornada de Cage e seus aliados por justiça, o embate nos deixa com um gostinho de frustração, ainda que cumpra sua função dentro do roteiro de estabelecer de vez a identificação do herói com a população do Harlem. Até mesmo as sequências iniciais dos primeiros episódios com Cage enfrentando um exército de criminosos parecem mais caprichadas.

    Finalizando, Luke Cage cumpre seu papel em oferecer mais uma vertente do rico e diverso universo que a Marvel construiu ao longo de suas décadas nos quadrinhos e transportar um pouco deste ambiente para uma série, preparando terreno para a próxima estreia da parceria, Punho de Ferro. Reverenciando a cultura negra com propriedade, nos resta esperar a resolução dos desdobramentos exibidos no final da temporada, tanto para a própria história de Cage quanto seu papel nos Defensores. Longe se ser extraordinária e impactante como a primeira temporada de Demolidor e também ainda mais distante de ser caracterizada como ruim ou sem personalidade, cabem a equipe e o showrunner Cheo Hodari Coker os méritos por sua realização, entregando um produto honesto e que se garante como peça de entretenimento e também instrumento de reflexão.

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