É consenso que a franquia Castlevania é uma das mais celebradas no mundo dos games. A idéia deste review, porém, não é tratar dos primórdios da franquia, nem do mais recente reboot da mesma com a série Lords of Shadow, e nem de Symphony Of The Night, tido como o melhor da saga até hoje, mas tratar de um dos jogos “lado B” da série, que “desenterrei” do HD durante um back up.
Lançado em 1995 para o Super Nintendo (SNES), Castlevania: Dracula X teve outras versões, porém com nomes diferentes: Vampire’s Kiss, também pra SNES, e Rondo Of Blood, pra Turbografx 16. No entanto, todos eles mantém fidelidade em relação ao plot original da série: uma vez a cada 100 anos, as forças maléficas crescem e trazem de volta à vida a figura reencarnada do Conde Dracula, o que faz com que o clã Belmont mobilize esforços para dar cabo do sanguinário vampiro. Desta vez, Ricther Belmont é designado para a tarefa, armado com o lendário chicote sagrado Vampire Killer.
Os gráficos são bacanas, considerando as possiblidades e limitações de uma plataforma de 16 bits. A trilha sonora é um espetáculo à parte, como é de lei nos jogos da série. Ao mesmo tempo em que se cria uma nova trilha, com novos recursos e novos efeitos, presta-se um tributo às trilhas de jogos anteriores, como, por exemplo, Bloody Tears, de Castlevania II: Simon’s Quest, pra Nintendinho (NES).
A jogabilidade, no entanto, tem seus reveses. A mobilidade do chicote é limitada a golpes frontais, ao contrário do jogo predecessor, o Super Castelvania IV (SNES), cuja mobilidade do chicote em 8 direções era um adiante e tanto.
Além do chicote, Richter dispõe do clássico arsenal de armas sagradas do clã Belmont: a granada de água benta, o machado, a adaga, o crucifixo e o relógio paralisador. Para usá-los, basta coletar corações e pressionar Up + Golpe, um recurso que também é tributo aos jogos anteriores. Cada item possui um “especial” que varre os inimigos da tela, uma inovação que lembra os golpes épicos de desenhos japoneses.
Mas a característica mais marcante da jogablidade de Castlevania, e Dracula X não foge à regra, é a dificuldade monstruosa do jogo, bastando lembrar das cabeças de medusa, dos morcegos que sempre aparecem na hora de saltar de uma plataforma pra outra, e dos chefes de fase. Na luta final, como se não bastasse enfrentar as duas formas de Drácula (a humana e a monstruosa), a luta se dá em um salão composto por plataformas, então qualquer dano recebido é queda seguida de morte certa! Putz!
Apesar da dificuldade e de algumas limitações, Castlevania: Dracula X oferece uma boa diversão (hoje nostálgica), e também é uma boa homenagem aos jogos predecessores da série. Vale a pena fazer back up de vez em quando e desenterrar arquivos que trazem lembranças boas assim..