Chegou a segunda edição do crossover proporcionado pelas editoras IDW e BOM!. A equipe criativa se mantém. Já nas primeiras páginas vemos o confronto do épico Megazord com o Godzilla e o desenrolar da trama que foi apresentada na primeira edição.
O roteiro de Cullen Bunn segue o modelo clássico quando duas franquias de ação e aventura se encontram que é gerar uma luta entre os principais elementos. Aqui isso faz bastante sentido, já que os Rangers costumeiramente enfrentam monstros gigantes, eles até pensam que Zilla é mais uma das criações de Rita Repulsa. O problema é que após esse confronto a trama fica muito focada no universo dos Power Rangers, e para aqueles que estão ali por causa do Godzilla podem perder o interesse. Isso poderia ser resolvido caso o roteiro nos mostrasse o quanto esses personagens, e sua mitologia, podem ser divertidos, mas não é o caso. Para apreciar essa edição você já deve ser um fã prévio dessa franquia.
A arte de Freddie Williams III segue na mesma, funciona muito bem quando temos coisas gigantes lutando na página. Nos demais momentos a anatomia dos personagens é muito estilizada o que tira o impacto de outros tipos de cena e ação. Em cenários de destroços e interiores de naves espaciais o que vemos é uma bagunça visual sem forma. As cores excessivamente vibrantes de Andrew Dalhouse também não ajudam, deixando a coisa toda ainda mais com um aspecto confuso. A única exceção são as páginas duplas de seres gigantes lutando.
Para as próximas edições o roteiro precisa mostrar a que veio e inserir elementos que fujam do básico que vemos na maioria dos crossovers. A história precisa de algo que vá para além de “eles se encontram, lutam e depois se juntam para enfrentar os verdadeiros vilões”. Essas franquias já possuem muitos elementos em comum, é natural misturá-las, então existe potencial aí para coisa melhor. A arte precisa nos deixar interessados mesmo quando só temos personagens conversando em seus trajes civis.
Godzilla vs. The Mighty Morphin Power Rangers #02
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Nota