Atualmente, a batalha entre os serviços de streaming está mais acirrada do que nunca e uma das últimas concorrentes a entrar nessa disputa foi a Paramount+. E ao que parece ela não está para brincadeira, pois chegou apostando tudo em Halo, série live-action que adapta a consagrada franquia de jogos de mesmo nome.
A trama se passa no ano de 2552 e mostra a guerra entre a humanidade e a raça alienígena conhecida como Covenant. A maior força que os humanos possuem nessa luta são os Spartans, um grupo de super soldados liderados por Master Chief/John (Pablo Schreiber). Após a descoberta de artefatos misteriosos que podem desequilibrar o poder para um dos lados, o combate se intensifica. Porém, os aliens não são a única ameaça, como Chief e seus aliados vão descobrindo.
Assim que Halo estreou houve uma divisão de opiniões sobre a qualidade da série que gira em torno das diferenças entre o jogo e o roteiro televisivo. O principal ponto de divergência é o fato de o protagonista, Master Chief, retirar o capacete e revelar seu rosto, algo que permanece um mistério até hoje na franquia de jogos. Até mesmo um dos co-criadores do game se mostrou insatisfeito com o rumo que a produção optou por seguir. Contudo, a decisão de esclarecer um dos principais segredos de John logo de cara se mostra um acerto, como vemos durante o programa.
O que comprova isso é o fator humano explorado ao longo dos nove episódios; e ter um rosto com o qual se identificar ajuda muito. John vai passando aos poucos de uma máquina de matar para um homem com sentimentos conflitantes enquanto desvenda seu passado. Esse desenvolvimento pessoal não se limita apenas a ele, mas se estende para outros personagens relevantes para a história, como Kai-125 (Kate Kennedy) e Kwan Ha (Yerin Ha), filha de um líder rebelde.
A presença de rebeldes mostra que, apesar de a humanidade ter se espalhado pelo universo, isso não faz com que ela seja unificada. Células de resistência que se opõem ao governo autoritário do UNSC ameaçam uma guerra civil, mas infelizmente esse núcleo fica em segundo plano para acompanharmos a jornada de John e a luta contra o Covenant.
Ainda que divida a opinião dos fãs da franquia de jogos, não dá para negar que houve cuidado (e muito dinheiro) ao criar os efeitos visuais de Halo. As cenas de ação empolgam pela agilidade, violência e pela tensão criada. A câmera em primeira pessoa – que mostra a visão dos personagens – também é utilizada nos momentos certos e sem exagero para se assemelhar ao jogo original.
Mesmo optando por alguns clichês, a temporada encerra em um momento oportuno e nos dá uma ideia do que esperar no segundo ano da produção, o qual já está confirmado. Fica a torcida para que o núcleo do planeta Madrigal tenha mais destaque juntamente com sua principal representante, Kwan Ha que, ao que parece, terá bastante relevância futuramente.
Halo acerta ao investir no lado humano de seus personagens sem perder suas raízes na franquia de jogos, ainda que tenha escolhido seguir seu próprio caminho. Além de ser um programa para quem já conhece o game, a série tem potencial para atrair o público que aprecia uma boa trama de ficção científica e, assim, colocar a Paramount+ em uma posição favorável na guerra dos streamings.
Assista ao trailer:
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Halo - 1ª temporada
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