Street Fighter II: Victory é o tipo de anime que nunca deveria ser esquecido. Desse modo, relembrá-lo se torna uma tarefa muito satisfatória, principalmente por ser uma adaptação do famoso game de luta da Capcom conhecida por um conjunto de qualidades que não foram ofuscadas pelos seus poucos defeitos.
Na história, conhecemos Ryu e Ken, grandes amigos que treinaram artes marciais juntos quando crianças. Buscando se fortalecer e aprender novas técnicas, eles viajam o mundo e conhecem novos estilos de luta e pessoas. Durante a jornada, eles entram em uma armadilha preparada por uma misteriosa organização chamada Shadaloo e, por isso, devem enfrentar o desafio final por suas vidas, combatendo o maligno Mr. Bison.
Exibido no Brasil pelo SBT em 1995, Street Fighter II: Victory teve apenas uma temporada de 29 episódios, o que foi suficiente para marcar época desde a sua primeira exibição. Não demorou muito para, naquele ano, os fãs logo aprovarem a produção japonesa em vários aspectos, principalmente os técnicos desde a icônica trilha sonora até a escolha dos dubladores, sendo Orlando Viggiani (Ryu) e Sérgio Moreno (Ken) os principais destaques desse elenco de dublagem que inclusive retornou em outras adaptações do game.
Outra questão fundamental para o sucesso foi ter várias liberdades criativas tanto nos enredos quanto nos personagens, mudando inclusive a aparência e personalidade de vários deles. Esse detalhe se torna ainda mais interessante pelo fato do diretor Gisaburo Sugii e do estúdio Grupo TAC serem os mesmos responsáveis pela animação de Street Fighter II: O Filme, que segue um caminho totalmente diferente nesses quesitos.
Street Fighter II: Victory acerta também ao focar em Ken e Ryu, a dupla de lutadores de karatê que sempre protagonizou os jogos e, por isso, evita de cometer o mesmo erro da versão live action estrelada por Van Damme. Com personalidades diferentes e bem definidas, eles são carismáticos e determinados. Inclusive, esses elementos só evoluem durante suas viagens e descobertas de diferentes estilos de luta, o que permite um bom desenvolvimento para ambos.
Isso nos leva a um ponto muito importante: as lutas. Além da estética do traço ser bem definida, a animação possui um ritmo caracterizado pela agilidade com que os movimentos são mostrados, como se fosse um verdadeiro clássico do cinema de de ação, o que deixava a experiência mais empolgante. Isso fica mais incrível quando o roteiro deixa claro que não há necessidade de mostrar o tempo todo os golpes característicos dos games, o que valorizava demais quando isso era finalmente mostrado.
Do lado dos defeitos, não há como ignorar alguns, como os clichês do vilão com sua irritante risada maléfica e as personagens femininas sexualizadas para algum tipo de deleite do público masculino. Esses problemas também são encontrados em outras produções da época, fazendo companhia a outro problema que é o uso narrativo de tramas que demoram para serem concluídas.
Apesar desses defeitos, Street Fighter II: Victory teve êxito em seu resultado e marcou toda uma geração. Disponível em streamings como o Prime Vídeo, o anime é altamente recomendável para quem curtia ver lutadores de rua destinados ao encontro do mais forte entre eles.
Ficha técnica:
- Ano de lançamento: 1995
- Gênero: shonen, ação
- Música de abertura: “Kaze Fuiteru” por Yuki Kuroda (“Ao Encontro do Mais Forte”)
- Música de encerramento: “Cry” por Yuki Kuroda (“Vou Lutar”)
- Criador: Gisaburo Sugii
- Estúdio: Grupo TAC
- Número de episódios: 29 (temporada 1)
- Status: concluído
Assista ao trailer:
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Street Fighter II: Victory
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