Quando a série Titãs foi anunciada muito se criticou previamente a escolha estética da produção. Os personagens em questão sempre tiveram uma abordagem mais alegre e descontraída em seus quadrinhos e principalmente nas animações que os tornaram muito populares pelo mundo. Mas no fim das contas temos uma primeira temporada interessante apesar de diversos problemas.
Quando a jovem Rachel começa a ser perseguida por uma estranha organização, ela recorre ao detetive Grayson que ela via sem seus sonhos. Essa série de eventos acaba reunindo um grupo singular de pessoas com interesses convergentes e inimigos em comum.
A história de fato tem seus momentos onde à violência ganha espaço, mas além de eles não serem tão frequentes também não são tão impactantes, apesar de gerar cenas plásticas e divertidas de ação. A temática também não é tão sombria assim e acaba servindo mais para cenas de um teor erótico um pouco mais acentuado numa narrativa sobre super-heróis. A questão da violência acaba ressoando mais no personagem Robin, que tem conflitos muito interessantes apesar de repetitivos ao longo desta temporada.
Rachel, que é a Ravena, é o centro da trama e tudo acaba se movendo por causa dela, assim como no primeiro arco de quadrinhos. Estelar está muito bem interpretada por Anna Diop, mas sua personagem acaba presa num clichê de falta de memória que demora muito a ser solucionado e cria um mistério que não convence. Mutano é inserido de forma abrupta na história apesar de ter um personagem dedicado a ele que é muito divertido e acaba funcionando como uma previa da série da Patrulha do Destino.
De modo geral essa temporada tem 3 grandes episódios em termo de qualidade, tendo um deles como o da Patrulha do Destino. Os outros dois são sobre o Robin, Jason Tood, e o último episódio da temporada. Nos outros temos a introdução de outros personagens secundários do universo DC que você não esperaria ver em tela num live-action como Rapina, Columbia e Moça Maravilha. De modo geral a historia de Titãs corre pela margem do Universo DC, dando a entender em diversos momentos que este é um mundo onde a Liga da Justiça clássica atua pelo mundo.
A série possui grande potencial desde que o roteiro melhore, pois esse é o típico programa onde personagens brigam por motivos bobos, dilemas pouco convincentes e um excesso de drama que nunca parece se resolver ou até mesmo fazer os personagens evoluírem. Na verdade esse é um problema que resume essa temporada: a ausência de uma evolução clara dos personagens para além deles formarem um grupo que mal se mantém junto na maior parte do tempo. Os efeitos especiais estão no padrão esperado para esse tipo de produção apesar de ter alguns visuais muito interessantes e lutas empolgantes. No aguardo para uma segunda temporada onde todos esses pontos fracos melhorem.
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