Morreu nesta terça-feira (27) o ator e dublador brasileiro Orlando Drummond, aos 101 anos. A causa da morte foi falência múltipa dos órgãos. Ele deixa dois filhos, cinco neto e três bisnetos. A informação foi publicada pelo jornal O Globo e confirmada pela TV Globo.
Em abril deste ano, Drummond foi internado para tratar uma infecção urinária e passou dois meses no hospital Quinta D’Or, no Rio de Janeiro.
No último dia 29 de junho, data em que se comemora o Dia do Dublador no Brasil, seus netos fizeram uma homenagem para o avô nas redes sociais: “Trabalhar com dublagem e carregar o Drummond no sobrenome é, ao mesmo tempo, uma honra e um desafio”, escreveu Felipe Drummond.
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Nascido em outubro de 1919, no bairro de Todos os Santos, zona norte do Rio de Janeiro, ele foi criado numa família de nove irmãos, iniciou sua carreira em 1942 como contrarregra na rádio Tupi, onde conheceu amigos como Bibi Ferreira, Carlos Machado, Olavo de Barros e Paulo Gracindo, que, como diretor de teatro, ajudou a torná-lo um radioator.
Drummond iniciou a carreira na frente das câmeras nos anos 1950, como o Seu Peru, um dos mais antigos a participar do programa de Chico Anysio. Posteriormente, ele passou a emprestar sua voz como dublador em grandes sucessos.
Na TV Globo, além do Seu Peru, Orlando participou do Chico Anysio Show (1988), do Zorra Total (1999) e da novela Caça Talentos. No cinema, esteve nos elencos de Rei do Movimento (1954), Angu de Caroço (1955), O Doce Esporte do Sexo (1971), Bonga, O Vagabundo (1971) e Amazônia Misteriosa (2005).
Além dos papéis na TV e no cinema, Drummond tem uma das mais celebradas carreiras da dublagem nacional, emprestando sua voz para icônicos personagens da cultura pop. Ele é conhecido por figuras que marcaram gerações, como Scooby-Doo, Popeye, Alf, O ETeimoso e, claro, o Vingador, vilão de Caverna do Dragão.