Tijolômetro – Super Mario Bros.: O Filme (2023)
Depois que as adaptações de Sonic e outros jogos foram bem recebidas pelo público, chegou a vez do personagem mais icônico dos games da Nintendo ganhar seu próprio filme, totalmente diferente – e melhor – do que o esquecido live-action de 1993. Com uma atmosfera nostálgica, Super Mario Bros. – O Filme traz a dupla de irmãos italianos em uma animação impecável, emocionante e divertida para todos os públicos.
Mario e Luigi vivem no Brooklyn trabalhando como encanadores, porém os negócios não estão indo bem. Depois de uma tentativa fracassada de alavancar suas carreiras, os irmãos acidentalmente viajam para outro mundo. Mario vai para o Reino dos Cogumelos enquanto Luigi cai no sombrio e perigoso Reino dos Koopas, governado pelo tirano Bowser. Determinado a salvar o irmão, Mario se alia à princesa Peach na luta contra Bowser, o qual deseja conquistar todos os reinos.
Não é nenhuma surpresa que o longa está cheio de referências aos jogos da franquia, que vão desde a ambientação até os diálogos que fazem alusão aos videogames. Porém o grande acerto de Super Mario Bros. – O Filme é usar isso em favor do roteiro e da construção dos cenários. Os elementos clássicos do jogo foram inseridos de forma natural ao ambiente sem parecer que a interação dos personagens com eles é forçada ou mecânica. Os obstáculos e objetos estão ali por um bom motivo e têm uma função a desempenhar na trama.
A combinação de todos esses ingredientes resulta em uma animação impecável repleta de senso de humor com diálogos inteligentes e divertidos. Não apenas o protagonista como o restante dos personagens também é cativante e carismático, com destaque para o exibido Donkey Kong, o corajoso Toad e a princesa Peach, que dessa vez passa longe de uma simples donzela em perigo. Sobra espaço até mesmo para uma figura deprê e pessimista que consegue arrancar boas risadas pela inconveniência proposital de suas falas.
Já a trilha sonora é uma combinação das músicas clássicas do jogo com hits dos anos 80, como Take On Me, do A-ha. Essa dobradinha musical amplifica ainda mais a nostalgia para todos aqueles que cresceram jogando videogame nos anos 80 e 90 e que conseguem reconhecer os sons característicos dos jogos apenas ouvindo as notas iniciais.
Há ação e aventura de sobra ao longo dos 92 minutos de projeção, alternando com cenas engraçadas e comoventes que focam, em sua maioria, na relação de amizade e companheirismo entre os irmãos. Mario e Luigi têm personalidades diferentes, contudo existe troca e aprendizado mútuo na relação dos dois, o que é essencial para o desenvolvimento da narrativa.
A obra só não é perfeita pois parece se apressar em alguns momentos, principalmente logo após a resolução do conflito final. Uma cena ou diálogo adicional já teriam sido o bastante para explicar as consequências dos acontecimentos finais. Contudo, há grande possibilidade de isso ser explorado em uma sequência, como deixa subentendido a segunda e última cena pós-créditos.
Super Mario Bros. – O Filme soube escolher a melhor maneira para usar os elementos dos jogos que tornam essa franquia mundialmente conhecida até hoje. O resultado é uma viagem saudosista para os fãs do videogame e uma apresentação positiva desse universo para aqueles que não tinham tanta familiaridade com seus personagens.
Assista ao trailer:
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