Homem-Formiga e a Vespa estreou poucos meses depois de Vingadores: Guerra Infinita, o que certamente prejudicou sua visibilidade por conta de ser um filme com menor impacto comercial. No entanto, com o passar do tempo, ganhou mais importância devido a participação do herói nos trailers de Vingadores: Ultimato e a introdução do Reino Quântico que ocorre nesta continuação. Apesar disso, a nova aventura de Scott Lang (Paul Rudd) nos cinemas não empolga tanto como poderia mesmo conseguindo divertir o público.
Nesta sequência, Scott Lang lida com as consequências de suas escolhas em Capitão América: Guerra Civil tanto como super-herói quanto como pai. Enquanto tenta reequilibrar sua vida com suas responsabilidades como o Homem-Formiga, ele é confrontado por Hope van Dyne (Evangeline Lilly) e Dr. Hank Pym (Michael Douglas) com uma nova missão urgente. Scott deve mais uma vez vestir o uniforme e aprender a lutar ao lado da Vespa, trabalhando em conjunto para descobrir segredos do passado.
Entre estes segredos está o paradeiro exato de Janet Van Dyne (Michelle Pfeiffer), esposa de Hank, no Reino Quântico. No passado, durante uma missão pela S.H.I.E.L.D a Vespa original encolheu a nível subatômico e por conta disso acabou se perdendo neste mundo onde as leis de tempo e espaço funcionam de forma diferente. Graças a um misterioso elo entre Janet e Scott, que também passou por esse processo de encolhimento no filme anterior, foi traçado um plano para resgatá-la. No entanto, para que isso aconteça, todos precisarão lidar com uma série de ameaças vindas de diferentes direções. Entre elas, a ameaça da Fantasma (Hannah John-Kamen).
A nova vilã consegue ser um pouco mais interessante que o Jaqueta Amarela, mas não o suficiente para ser lembrada como algo marcante. Mesmo protagonizando boas cenas de ação e efeitos visuais, a sua presença em cena não desperta interesse justamente por ser uma personagem muito rasa. O único detalhe a respeito dela que realmente merece alguma atenção é a sua relação com o Reino Quântico. Mesmo não tendo tido uma experiência real neste mundo, seu corpo sofre diariamente por causa de um acidente envolvendo uma experiência em tentar desvendá-lo. É nesse contexto que entra em cena o Dr. Bill Foster (Laurence Fishburne), outro personagem raso e que pouco acrescenta a trama, mas que serve para referenciar um herói dos quadrinhos conhecido por ter os mesmos poderes do Homem-Formiga: O Golias Negro.
Esses não são os únicos defeitos do filme que ainda introduz um vilão secundário, Sonny Burch (Walton Goggins), e seu grupo de criminosos. Mesmo sendo totalmente desnecessários, eles servem como alivio cômico assim como os amigos de Scott. Apesar disso, essa “gordura narrativa” acaba sendo deixada de lado quando o público se diverte com algumas situações engraçadas envolvendo esses personagens.
Aliás, o humor de Homem-Formiga e a Vespa é a melhor característica dessa continuação. Em pelo menos algumas oportunidades, há momentos que provocarão risos seja por causa das imperdíveis histórias do Luis (Michael Peña) ou da sequência que nos mostra o que Scott Lang fez durante o tempo em que esteve sob prisão domiciliar. Destaque para uma referência hilária em que o herói chora ao ler um romance literário do subgênero young adult.
Inclusive, este mesmo humor se faz presente quando o roteiro se aprofunda um pouco nas questões envolvendo o Reino Quântico. No entanto, há o equilíbrio certo para que a piada não tome tanto tempo de tela nesses momentos. Infelizmente, as informações que recebemos sobre este mundo não são suficientes para uma compreensão maior sobre o mesmo. Este detalhe pode ser proposital já que algo relacionado a isso pode ser utilizado tanto em uma possível continuação ou em outros filmes como aparenta ser o caso de Vingadores: Ultimato. Nesse sentido, vale ressaltar que elementos como os trajes quânticos e os perigos envolvendo o tempo e o espaço por lá despertam a nossa curiosidade sobre suas possibilidades futuras.
E qual é o resultado final de Homem-Formiga e a Vespa? Trata-se de um filme que se relaciona com o Universo Cinematográfico da Marvel de forma breve e pontual, principalmente por lidar com eventos de outros filmes e referenciá-los. Aliás, o grau de importância dessas referências ainda é uma incógnita (exceto pela ótima cena pós-crédito), mas nem por isso podemos descartá-las por completo. De qualquer modo, não deixa de ser algo que vale a pena ser conferido mesmo que seja só pela diversão.
Ficha Técnica:
- Data de lançamento: 5 de julho de 2018
- Duração: 1h 58 min
- Direção: Peyton Reed
- Gênero: ação, aventura, ficção científica, filmes de super-heróis
- Elenco: Paul Rudd, Michael Douglas, Evangeline Lilly , Judy Greer , Michael Peña, Walton Goggins, Laurence Fishburne, entre outros.
Assista o trailer:
Links relacionados:
- Crítica de Homem-Formiga (2015)
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