Um filme sobre encontros, desencontros e a busca dos sonhos, por mais tolos que pareçam. “La La Land, Cantando Estações” é um filme que se assemelha muito aos musicais de antigamente, como Cantando na Chuva e Mary Poppins, as músicas não são estanques, fazem parte da história e quase são personagens nela. Não é a toa que recebeu 14 indicações ao Oscar, dentre as principais e mais esperadas, melhor ator, melhor atriz e melhor filme, entrando para a lista dos longa-metragens que mais foram indicados na história da premiação, como Titanic e Ben Hur.
Mia (Emma Stone) é uma garçonete que sonha em ser atriz. Sebastian (Ryan Gosling) é um músico que sonha em abrir um clube de jazz. No caminho em busca dos seus sonhos, os dois fazem uma dupla e tanto, que se esbarram pelos estúdios de Hollywood. Dançam, cantam, sapateiam ao som de muito jazz. E se você não gosta do ritmo, é provável de passe a amá-lo após assistir La La Land.
As estações são percebidas ao longo do filme, o frio do inverno, o começo da alegria e empolgação da primavera, o seu ápice no verão e o início de outros ciclos, de alegrias, empolgações e tristezas como realmente são as estações, um ciclo.
A história é envolvente e emociona do início ao fim. Quando assistir, leve um lenço, pois com certeza alguns ciscos vão invadir seus olhos. Para quem gosta de musicais, é um prato cheio. A fotografia do filme é incrível, cenários fantásticos, diversos pontos turísticos da Califórnia, paisagens lindas, pores de sol incríveis. Conhecemos os bastidores do cinema passando pelos sets de gravação dos estúdios da Warner, inclusive Mia trabalha num café de lá. E sempre corre de um lado para o outro nos testes de elenco retratando a dificuldade de uma oportunidade na própria indústria cinematográfica.
La La Land, Cantando Estações conquista até os mais céticos do estilo musical, a cada ato um envolvimento crescente com os personagens do filme e seus dramas mais que humanos. Um filme sensível, mas com uma forte mensagem: na busca dos nossos sonhos há coisas que se ganham, mas também há coisas que se perdem.