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São várias as analogias. Para cada situação um comparativo tão vulnerável aos pensamentos que chega dar medo. Calafrios e uma sensação de estar na hora errada, do lugar errado e mesmo assim não conseguir se mexer pra sair correndo dali.
Era o cheiro, um perfume espelhado de paraíso, que fazia pouco esforço pra terminar com minha já derrotada vontade de sair. Sim, meu inconsciente lutava de várias maneiras e com todas as armas que tinha mas tudo era inútil contra o que eu pensei estar querendo.
Bastava que falasse em seu nome, a sensação desenrolada começava a aparecer. E os batimentos confusos e descontroladamente angustiantes avisavam atentos que não tinha mais saída.
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A partir daí, senti mais uma vez aquele perfume, misturado ao vermelho azulado do fogo que queimava algumas lembranças do que agora era passado. Percebi que não conseguiria deixar que fosse ainda sem que soubesse se ficaria. Restava-me sentir a sensação característica, o perfume inconfundível das chamas quase azuis queimando papeis velhos e amarelados. Sortidos de imensa clareza do que hoje eu entendia e aceitava bem. Meus olhos mergulhados no calor do fogo ardiam assim como minh’alma exausta de tanta euforia e atenção exagerada.
O que precisava, era o que tinha naquele exato momento, nada além das chamas, do cheiro das chamas que lembravam um rosto desconhecido, frio e sem maiores demonstrações de vida como aquela que virava cinzas, bem ali, a minha frente.
A autora
Eduarda Lima (@eduarrdalima) é de Goiânia. Apaixonada por literatura, fotografia, dança e todas as outras formas de arte, cursa Letras na Universidade Federal de Goiás (UFG). Esta é sua segunda participação no L&P. Esse texto foi originalmente publicado em seu blog pessoal, o Quimera Literária.
Confira a primeira participação de Eduarda no L&P: Uma Nova Tarde
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