Alerta Vermelho, filme de assalto arqueológico/ação que reúne Dwayne “The Rock” Johnson, Gal Gadot e Ryan Reynolds estreou com grande pompa na Netflix neste final de semana prometendo ser a grande produção da reprodutora via streaming do ano de 2021. Só faltou avisarem que, além da grande reunião de nomes famosos, o filme reuniria uma quantidade colossal de clichês do gênero.

É tanto clichê que um espectador de filmes ainda inexperiente consegue identificá-los a cada take do longa: O ladrão piadista especialista em fuga, o policial sério que tenta recuperar sua carreira, a ladra que age por debaixo dos panos e que sempre está um passo à frente, reviravoltas, policiais incompetentes, etc… Alerta Vermelho consegue reunir todas as obviedades e conveniências de roteiro possíveis numa longa trama de quase 2 horas.

A reunião de grandes nomes de ação da atualidade do longa lembra um pouco os filmes dos anos 90, que também não tinham lá grandes histórias mas as cenas de ação com muitos músculos e carisma compensavam. Alerta Vermelho tenta emular algo parecido, mas sem tanto carisma e músculos, mesmo com The Rock no elenco, que nem sequer mostra seus bíceps ao longo da produção.

Ryan Reynolds parece ser um refém de seus trabalhos como Deadpool e seu texto é repleto de piadas, gracinhas e piadotas sem graças em Alerta Vermelho, que diferentemente do filme do anti-herói, saem totalmente forçadas a ponto de não parecer que o ator leva o filme a sério. Gal Gadot fazendo o que ela sempre faz: fazer cara de sexy em todos os closes disponíveis. O The Rock foi o único que me pareceu mais envolvido com o seu papel, que ainda assim não deixa de ser raso. Acredito que seja por ele estar mais acostumado a fazer produções desse nível. A química entre as três estrelas é até ok, eles são atores carismáticos, porém falta ao roteiro uma construção de personagem melhor do que “questões com o papai” para que possamos realmente nos identificar com eles.

O roteiro é assinado por Rawson Marshall Thurber, que também dirige o filme. Faz um trabalho fraco aqui. Parece que só se focou em preencher os requisitos exigidos pelo algoritmo da Netflix de filmes de ação/assalto. As conveniências e clichês são tão previsíveis que o personagem mais inteligente do longa tem seus planos previstos por um espectador pré-adolescente que deu play no catálogo. É uma pena, pois o longa conta com uma produção cara, com locações variadas, efeitos especiais e tecnológicos dignos, grandes nomes no elenco… um churrasco completo nas mãos de um vegetariano! 

[authorbox authorid=”2″ title=”Crítica por:”]

Publicidade
Share.
Daniel Gustavo

O destino é inexorável.

Exit mobile version