Tijolômetro – Demon Slayer: Castelo Infinito (2025)

Muito bom!

Depois de quebrar vários recordes no Japão, Demon Slayer: Castelo Infinito finalmente estreia nos cinemas nacionais cercado de polêmica graças à classificação indicativa para maiores de 18 anos que recebeu. Exagero ou não, o fato é que o primeiro dos três filmes que encerrarão o anime impressiona pela qualidade visual e momentos empolgantes, apesar de não se encaixar muito bem no formato para as telonas. 

Dando continuidade ao arco do Treinamento Hashira, o Esquadrão de Caçadores vai ao encontro de Muzan para o embate final. Contudo, eles são transportados para o Castelo Infinito, a fortaleza dos Oni. Agora, Tanjiro, Inosuke, Zenitsu e os Hashiras precisam lutar para encontrar o líder dos demônios e derrotá-lo enquanto há tempo. 

O segredo do sucesso de Demon Slayer é a animação produzida pela Ufotable. Em Castelo Infinito, o estúdio consegue um resultado ainda melhor que na série ao manter a qualidade constante do início ao fim. Seja nos momentos de calmaria ou na apresentação dos cenários, especialmente do covil dos Oni, a produção combina elementos 2D e 3D de maneira fluida. 

Publicidade

Isso fica evidente durante as cenas de ação ágeis e dinâmicas, com uma paleta de cores vívida. Como não poderia ser diferente, o destaque vai para as lutas contra as Luas Superiores. Sem dúvidas, há bastante violência gráfica e mutilações, porém isso não é apresentado de forma gratuita com o intuito de fazer algum tipo de apologia. Considerando também o teor fantasioso obra, a classificação etária para maiores de 18 anos é exagerada. 

Em termos de adaptação, Castelo Infinito engloba do capítulo 140 ao 156 do mangá criado por Koyoharu Gotouge. É um volume considerável de acontecimentos e personagens que precisam ser mostrados em tela para que algumas soluções façam sentido, por isso filme ficou com 2h35min de duração. 

Por mais que as cenas tenham relevância, o ritmo do longa é prejudicado pela alternância constante entre batalhas e flashbacks explicativos. Em sua maioria, as lembranças têm em comum o passado triste de algum personagem e a razão para ele ser o que é. Mesmo que funcione em alguns momentos, especialmente na hora de retratar a vida de Akaza, a Lua Superior Três, e lhe dar profundidade narrativa, essa fórmula é repetitiva e cansativa. 

Assistir a Demon Slayer: Castelo Infinito nas telonas é uma experiência que vale a pena pelo produto entregue pela Ufotable. Entretanto, não dá para negar que a versão para cinema é, antes de tudo, uma jogada comercial (bem-sucedida, é verdade) e que a história se enquadraria muito melhor no formato serial dos animes.

Assista ao trailer:

Conteúdo relacionado:

Fique por dentro das novidades!

Publicidade
Share.
Mozer Dias

Engenheiro por formação, mas apaixonado pelo mundo da literatura e do cinema. Se eu demorar a responder, provavelmente estou ocupado lendo ou assistindo a um filme.

Exit mobile version