Tijolômetro – Dollhouse (2025) 

Bom

Quando o assunto é filme de terror, brinquedos malignos exercem um fascínio especial no público. Seja o clássico Chucky, a encapetada Annabelle ou a ‘gourmetizada’ M3GAN, essas criaturas têm o objetivo de nos causar medo. Inspirado nessas figuras que não saem de moda, o cineasta japonês Shinobu Yaguchi faz sua estreia no gênero com Dollhouse e seu bebê reborn do mal. 

Após a morte da filha de cinco anos, Kae Suzuki (Masami Nagasawa) encontra consolo em uma boneca muito parecida com a menina. Imediatamente, o brinquedo passa a ser considerado parte da família e ajuda a mulher a superar o luto. Porém, com o nascimento de sua segunda filha, a boneca é esquecida e coisas estranhas começam a acontecer. 

Dentre os bonecos do capiroto já citados, Dollhouse se aproxima mais de Annabelle pela forma como a boneca japonesa age e se comporta. Isso porque não a vemos falando e se mexendo livremente por aí. O suspense está na ameaça de um objeto inanimado cujo poder os espectadores sabem que é real antes que os próprios personagens descubram. 

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Essa sutileza na movimentação da criatura é o que torna a atmosfera de suspense eficaz durante boa parte do filme. Quando as ações do brinquedo ficam mais escancaradas, as cenas deixam de ser tão surpreendentes, mas felizmente não caem no lado cômico, mantendo a tensão elevada. 

O longa começa com a ideia de um bebê reborn cumprindo sua função terapêutica, por mais estranho que isso seja para quem observa de fora. Ao ser substituído por outra filha de carne e osso, sua relação perturbadora com a criança ganha destaque. Contudo, a menina é ignorada no terço final da produção. 

Isso acontece porque o roteiro escolhe seguir por outro caminho, dando voltas antes de chegar ao desfecho. Além de estender a duração da obra sem necessidade, tal escolha acaba desviando o foco do objetivo principal e atrasando a grande reviravolta. 

Ainda assim, o apelo de um objeto aparentemente inofensivo com potencial de causar muito estrago é o que atrai os fãs do terror para Dollhouse. E por mais que o longa não se destaque dentro da categoria “brinquedo do capeta”, o diretor Shinobu Yaguchi consegue contar uma história que entretém por quase duas horas.

Assista ao trailer:

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Mozer Dias

Engenheiro por formação, mas apaixonado pelo mundo da literatura e do cinema. Se eu demorar a responder, provavelmente estou ocupado lendo ou assistindo a um filme.

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