Antes de Capitã Marvel protagonizar o primeiro filme solo de uma super-heroína do UCM, muitas outras personagens femininas marcantes tiveram seu momento de destaque. Não só isso como elas também são responsáveis por construir o caminho até a chegada de Carol Danvers no cinema. Algumas se destacaram em participações pequenas, mas pontuais. Outras nasceram nos quadrinhos como interesse amoroso, mas no cinema foram além disso. E ainda existem aquelas que foram roubando a cena com o tempo. Em comum, todas provaram seu valor mostrando que tanto o nosso planeta como o universo não estão indefesos.

Para traçar uma linha do tempo mais organizada, temos que começar nossa viagem relembrando de Peggy Carter (Hayley Atwell). Apesar de não ser uma heroína no sentido mais tradicional do termo, ela merece ser citada por vários motivos. Em Capitão América: O Primeiro Vingador, conhecemos uma personagem interessante, forte e perseverante que vai além de qualquer expectativa de um retrato de personagem feminina em filmes desse tipo. Tudo isso soma-se ao fato dela de contribuir de forma significativa para a formação do líder dos Vingadores. Não é a toa que posteriormente ela estrelou o curta “Marvel One-Shot: Agent Carter” e uma série exibida pela ABC que infelizmente foi cancelada após duas temporadas. Inclusive, na série vale destacar que Peggy enfrentou vilãs que se relacionam com as histórias de outros personagens da Marvel como Viúva Negra e Doutor Estranho.

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Ainda sobre Peggy (ou melhor, Agente Carter), há que se fazer o destaque de suas participações pontuais em outros filmes do UCM. No primeiro filme solo do Homem-Formiga, ela aparece no fim dos anos 80 como membro do conselho da SHIELD ao lado de Howard Stark (John Slattery) e Mitchell Carson (Martin Donovan). Mesmo não sendo uma grande participação, ela serve para mostrar a evolução da personagem ao longo dos anos. Já em Capitão América: O Soldado Invernal pode-se dizer que talvez encontremos o seu momento mais importante quando ela deixa uma importante lição para Steve Rogers. Algo que inclusive foi relembrado em um dos mais recentes trailers de Vingadores: Ultimato e que fez muito sentido.               

Em tese, o nome da Viúva Negra (Scarlett Johansson) seria o próximo a ser citado nesta viagem pela linha do tempo do universo cinematográfico da Marvel. Como isso já foi feito em outro artigo, o destaque agora ficará para outra heroína que ganhou muita importância nesses últimos anos: A Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen). Mesmo nunca tendo sido chamada pelo seu codinome heroico, algo que não ocorria por motivos contratuais com a FOX, ela sempre se mostrou como uma personagem muito poderosa desde quando estreou no UCM em Vingadores: A Era de Ultron ao lado do seu irmão Pietro (Aaron Taylor-Johnson). Em Capitão América: Guerra Civil, esse aspecto continua sendo mantido com o diferencial de ter uma importância maior na trama central. No entanto, é em Vingadores: Guerra Infinita que encontramos um dos seus momentos mais marcantes quando ao lutar contra Próxima Meia-Noite (Carrie Coon) ela é salva pela Viúva Negra e pela Okoye (Danai Gurira) para depois, juntas, lutarem contra a vilã da Ordem Negra de Thanos.

Saindo um pouco dessa linha temporal e indo para outros reinos, temos a Valquíria (Tessa Thompson) em Thor: Ragnarok. Mesmo tendo aparecido até o momento em apenas um único filme, a asgardiana já mostrou porque é uma personagem interessante que merece ser mais explorada no futuro da Marvel no cinema. Apesar de ter feito muita falta em Vingadores: Guerra Infinita, nada impede que vejamos seu retorno em breve em Vingadores: Ultimato. Enquanto isso ainda não acontece, os fãs dessa versão da personagem poderão, de certo modo, matar a saudade dela lendo a nova fase dos Exilados. Com roteiros de Saladin Ahmed e arte de David Marquez, a nova formação do grupo que começou em abril de 2018 traz uma Valquiria que é inspirada apenas visualmente na personagem interpretada por Tessa Thompson.

Curiosamente, na edição 3 de Exilados o grupo encontra a Capitã América Peggy Carter. Vinda de uma realidade onde Steve Rogers foi assassinado, ela possui o soro do supersoldado (ou seria supersoldada?) e combate o Caveira Vermelha. Vale observar que mesmo que a heroína não seja necessariamente inspirada em sua versão cinematográfica o seu surgimento se dá anos depois de todo o sucesso do trabalho da atriz no UCM. Outro detalhe importante é que Peggy nos quadrinhos sempre foi retratada como interesse amoroso de Steve e, por isso, quem sempre teve mais espaço para agir ao lado do Capitão foi sua sobrinha Sharon Carter.

Por último, ficam aqui menções honrosas a Gamora (Zoe Saldana) e Vespa (Evangeline Lilly). A Guardiã da Galáxia teve um desenvolvimento relativamente bom nos dois volumes de Guardiões da Galáxia, mas nada tão marcante quanto a sua participação em Guerra Infinita onde desempenha um papel fundamental na trama. Já a parceira do Homem-Formiga (Paul Rudd) ainda precisar crescer mais (sem trocadilho) como personagem além de ficar na sombra de personagens masculinos como Scott e o seu próprio pai, Hank Pym (Michael Douglas). Curiosamente, Gamora sofre de problemas parecidos com os da Vespa tendo Peter Quill (Chris Pratt) e Thanos (Josh Brolin) como sombras.

Enfim, o que dizer sobre essa linha do tempo? Peggy Carter/Agente Carter fez sua contribuição de várias formas, mas já encerrou sua jornada e dificilmente retornará algum dia seja no cinema ou na tv. Wanda/Feiticeira Escarlate ainda têm algumas histórias para serem contadas e isso todos esperamos que aconteça em sua futura série ao lado do Visão. O futuro da Valquiria ainda é uma incógnita, pois nada foi revelado sobre o que realmente pretendem fazer com ela. Sendo assim, sobra apenas a Viúva Negra que ao que tudo indica será a próxima heroína a estrear um filme solo pelo estúdio. Em outras palavras, fica a conclusão de que ainda há muito mais a ser desenvolvido e explorado neste universo tão rico e vasto de poder feminino.

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Olhar Literário é uma coluna escrita por Marcus Alencar. Marcus é redator no site Leituraverso e um dos hosts do podcast Leituracast

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Marcus Alencar

"Palavras importam! Uma morte, uma ondulação e a história mudará em um piscar de olhos"

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