Depois de se tornarem referências dentro do Universo Cinematográfico da Marvel, tudo que tem a participação dos Irmãos Russo desperta interesse. E a última atração produzida pela dupla é a nova série do Prime Video. Citadel empolga pelas grandes cenas de ação e cativa os espectadores com uma trama clássica de espionagem mesmo recaindo em alguns clichês do gênero.

A Citadel era a maior agência de espionagem do mundo, mas foi destruída após um ataque organizado pela Mantícora. Oito anos se passam e dois de seus melhores espiões – Mason Kane (Richard Madden) e Nadia Sinh (Priyanka Chopra) – estão separados e levam vidas normais depois que suas memórias foram apagadas. Porém, a situação muda quando eles são abordados por Bernard Orlick (Stanley Tucci), outro agente da Citadel que precisa de ajuda para impedir os novos planos da Mantícora.

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Pela sinopse, dá para notar que a produção segue os moldes de obras sobre espionagem focando nos ingredientes que consagram esse gênero: suspense a todo momento, intrigas e traições. Tudo isso é acompanhado pelo uso de tecnologia avançada, sejam computadores de última geração ou armamentos modernos, mas sem que isso se torne mais importante que os próprios personagens.

Durante as cenas de ação, podemos ver a personalidade dos Irmãos Russo que produziram a série ao lado do cocriador David Weil. Além de suas contribuições para a Marvel, Anthony e Joe Russo impressionaram com os filmes da Netflix Resgate (2020) e Agente Oculto (2022), ambos com sequências ousadas de tiroteios, explosões e perseguições. E Citadel segue o mesmo caminho, sendo este um dos pontos fortes do programa.

Mas não é apenas isso que cativa dentro da trama. A química entre os protagonistas cria um clima de atração e desconfiança como se os dois estivessem sempre escondendo algo um do outro. A dinâmica entre Richard Madden (Eternos) e Priyanka Chopra (Quântico) imprime carisma e o charme característico dos espiões com aquela aura de perigo constante. A participação pontual de Stanley Tucci (Inside Man) também acrescenta camadas de tensão e surpresas.

Ignorando os clichês típicos de produções de espionagem, um dos problemas mais evidentes são as idas e vindas no tempo que o roteiro utiliza, ora mostrando fatos do passado, ora focando no presente. Essas transições são necessárias para entendermos o contexto e também as motivações dos personagens, mas mesmo assim acontecem em excesso, quebrando o ritmo narrativo.

Para compensar esse ponto negativo, ao longo dos seis episódios somos surpreendidos com diversas reviravoltas até chegarmos ao objetivo da temporada que é revelar quem traiu a agência e por que fez isso. Mesmo que seja um pouco frustrante encerrar justo nesse momento, a partir daí já temos todos os ganchos para a segunda temporada e também para o spin-off focado em uma nova protagonista, Citadel: Diana.

Em meio a tantos projetos do gênero, Citadel é um grande acerto do Prime Video ao apostar na atração irresistível por histórias de espiões. A já conhecida competência dos Irmãos Russo é apenas a cereja do bolo para fisgar a confiança do público e prometer um futuro promissor para a série.

Assista ao trailer:

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Citadel (1ª temporada)

7.0 Muito bom!
  • Nota 7
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Mozer Dias

Engenheiro por formação, mas apaixonado pelo mundo da literatura e do cinema. Se eu demorar a responder, provavelmente estou ocupado lendo ou assistindo a um filme.

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