Em Heróis Fora de Órbita (Galaxy Quest, 1999), ex-atores de uma antiga série televisiva de ficção científica, famosa nos anos 70, são “requisitados” para salvar um planeta alienígena. Caso você já se lembrou “daquela” famosa série, isso não é mera coincidência. Pelo contrário, são exatamente às referências e a forma caricata da trama e dos personagens que fazem desse filme, uma ótima opção para os amantes de sci-fi.

A trama começa quando a série é transmitida, acidentalmente, em um canal alienígena e os seres de um determinado planeta acreditam que as aventuras e os personagens fictícios sejam reais. Como estão sendo ameaçados por um tirano que quer destruir sua raça, esses seres pacíficos decidem buscar ajuda de quem entende do assunto e vão até a Terra procurar pelos heróis da “NSEA Protector”, como era conhecida a nave da série. Eles chegam aqui exatamente no dia de uma feira tipo “Comic con”, onde os atores se reuniram para um encontro com seus fãs, totalmente caracterizados. Acreditando que estão assinando um contrato de participação para um evento, o grupo, totalmente falido, resolve aceitar a “missão” e assim a viagem começa.

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Para quem ama ficção científica o humor é garantido. Alan Rickman está ótimo, como sempre, vivendo o ator shakespeariano que não aceita ser conhecido por um único papel, e acha a série algo pequeno na visão dele. Uma clara alusão a Leonard Nimoy que chegou a escrever um livro intitulado “Eu não sou Spock”. Essa arrogância e estrelismo é muito bem trabalhada por Rickman através de seu personagem, Alexander Dane. Dane odeia e tem um certo ciúme do personagem de Tim Allen, o viril e canastrão capitão Jason Nesmith, típico ator sem talento que fez fama através de uma série cult e aproveita qualquer oportunidade para tirar a camisa e mostrar sua forma física.

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Sigourney Weaver está linda de loira peituda, a perfeita oficial bonitona que tem por única função repetir em voz alta todas as informações que o computador informa. E ai de quem tirar esta função dela! Já, Sam Rockwell (A Espera de um Milagre/ Confissões de uma Mente Perigosa) “morre” de medo de morrer de verdade, já que interpreta o cara novo que só aparece em um episódio, pois alguém tem que morrer e não pode ser alguém do elenco fixo. Tem também Daryl Mitchell vivendo o garoto prodígio que cresceu na espaçonave, alusão clara ao personagem Wesley Crusher de Jornada nas Estrelas: A Nova Geração e o fã nerd deslumbrado (Justin Long).

Destaque para Tony Shalhoub (Monk/MIB-Homens de Preto), como o ator tímido que se apaixona por uma alienígena e Enrico Colantoni (Veronica Mars/ Flashpoint), o simpático e bondoso alienígena fã do personagem de Rickman.

Além de ser evidentemente uma paródia, o filme é uma homenagem a Star Trek e seus fãs, que vão adorar ver várias referências e rir demais junto a este elenco grandioso.

Este texto teve a colaboração de minha irmã, Maristela Rizzo, pois irmão não serve só para buscar o papel higiênico quando acaba.

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