Os dois filmes anteriores da franquia Escolha Perfeita são bastante divertidos e com ótimas músicas que misturam hits no estilo acappela. Os longas anteriores fizeram bastante sucesso pela comédia eficiente aliada com algumas músicas que chegaram a ser comercializadas e renderam bastante dinheiro. Provavelmente você já ouviu a música Cups do primeiro filme. Agora temos uma trilogia que se propõe a finalizar a história do grupo de cantoras.

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Depois de falharem na transição de suas respectivas vidas adultas, as integrantes do grupo Bellas decidem fazer uma última tentativa de reviver suas carreiras musicais. Com o contato que uma delas possui com o exército americano, acabam parando numa turnê europeia para entreter as tropas estadunidenses com a chance de assinarem um contrato com uma importante gravadora.

Sem dúvida nenhuma este é o mais fraco dos três longas. O roteiro se perde completamente na história que deseja contar, além de não saber do que trata os dois filmes anteriores. Todos os conflitos das personagens se resolvem num passe de mágica e a trama geral nem ao menos faz sentido no final da história. Os conflitos são tão fracos que temos duas personagens passando pela mesma situação, sendo que uma delas nem tem seu arco finalizado. Parece que o roteiro é uma grande desculpa para gerar momentos musicais e colocar as personagens em situações levemente engraçadas.

As personagens de Anna Kendrick e Rebel Wilson continuam sendo a melhor coisa do filme, mesmo que não possuam arcos muito claros. A direção de Trish Sie é eficiente devido a sua longa carreira como coreografa e até consegue tirar cenas de ação muito impressionantes para um filme de comédia. O grande problema realmente está no roteiro que mistura um monte de ideias que são repetidas e não casam entre si.

Temos dois nomes no roteiro. Kay Cannon estava presente nos dois filme anteriores e com inserções de Mike White (roteirista de Escola do Rock). Mesmo que individualmente sejam bons, o trabalho em conjunto não gerou bons resultados. Talvez o mais bizarro seja a estranha necessidade de costurar a trama do filme inteiro com o exército americano, algo que não casa de forma alguma com a proposta desta franquia. Como um filme de grupo existe a necessidade de fazer com que todos os elementos tenham o mínimo de propósito de existir. Os dois filmes anteriores trabalhavam muito bem essa questão, mas aqui parece que os dois roteiristas desistiram completamente deste detalhe.

Pelo menos os números musicais são bons, mas em alguns momentos abandonam a grande marca da franquia que é a acapella. Possivelmente você se pegará ouvindo algumas das músicas e mixs que tocam neste longa mesmo com a história fraquíssima onde tais melodias aparecem.

Mesmo que A Escolha Perfeita 3 seja um filme ruim, os anteriores são muito divertidos e valem o seu tempo. Eles conseguem contar duas divertidas histórias com protagonistas femininas e discute, de forma bem leve, o universo da música, o mundo da faculdade e seus conflitos. Se não conhece A Escolha Perfeita e gosta de bons números musicais no cinema vá atrás das duas primeiras partes desta recente trilogia, mas deixa a última parte para lá.


                              Escolha Perfeita 3

 

                                                                                                                     Nota                                                                                      

 

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Raul Martins

Autor dos livros Cabeça do Embaixador e Onde os sonhos se realizam

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