Indo ao ar em Dezembro de 2020, a segunda temporada de Fire Force (Enen no Shouboutai) prometia evoluir a trama e os mistérios propostos na primeira temporada do anime. Neste segundo ano temos um desenvolvimento maior de personagens coadjuvantes, alguns mistérios revelados e muito mais ação com Shinra e toda a 8ª Companhia evoluindo e ganhando mais proeminência dentro do Esquadrão de Bombeiros Especiais, porém há poucos avanços nos arcos principais e uma escala de poder bem variável de acordo com a vontade do roteirista.
Percebe-se logo de cara o salto de qualidade técnica e gráfica desta segunda temporada já com a nova abertura do anime que agora conta com a performance de Aimer (a mesma da segunda temporada de Demon Slayer). Esta melhora na qualidade é percebida também no esmero das cenas de ação, que neste segundo ano acontecem em bem maior quantidade. Já no primeiro episódio já começamos com um episódio repleto de cores, coreografias e tensão. Um bom salto pensando que também teve a produção do mesmo estúdio do ano 1, David Productions.
Nesta segunda temporada de Fire Force (Enen no Shouboutai) tivemos mais variedades na direção dos episódios, por volta de 10 diretores diferentes nos 24 episódios que adaptam o arco escrito nos mangás por Atsushi Ōkubo. A direção geral também teve mudança com Tatsumi Minakawa substituindo Yuki Yase. De fato notamos tais mudanças com o ritmo mais intenso nesta temporada e a já comentada subida de nível na ação. E também a inegável preocupação de desenvolver alguns personagens que estavam à sombra.
Personagens como Maki, Licht e Joker ganharam mais desenvolvimento neste segundo ano, com backgrounds e motivações mostradas em tela. Porém há um maior destaque dos personagens secundários como um todo, contendo alguns arcos com novos personagens sendo apresentados. Com isto também temos alguns problemas com escalas de poderes, com personagens outrora muito fortes, sendo derrotados por alguma nova habilidade e vice-versa. Nesta temporada as outras companhias que antigamente já foram rivais, agora são aliadas à 8ª no combate ao Evangelista e os Túnicas Brancas que agora descobrimos suas intenções e algumas revelações de suas origens. No arco da viagem à China descobrimos não só uma nova dimensão que os “demônios” saem, como também um tabernáculo que foi uma espécie de protótipo da grande usina de energia Amaterasu. Com isto não só descobrimos a conexão entre os demônios e Amaterasu, como também algo que abala toda a infraestrutura social do Império de Tokyo com a conexão da Igreja com o Evangelista.
Apesar de avançarmos bastante nos mistérios do Evangelista, dos Túnicas Brancas e da própria Explosão Adolla, temos poucos avanços na trama principal que são as motivações de Shinra: seu irmão e sua mãe, que pouco aparecem ou são mencionados. Porém temos mais da conexão Adolla com o surgimento de mais 2 novos personagens que a possuem e a aparição de uma mais antiga que consegue manipular temporariamente o corpo de Shinra. Novidades pensadas para saciar a curiosidade dos espectadores sem revelar todo o mistério da história. Porém sentimos muita falta da participação de Sho Kusakabe e tudo o que ele movimenta em Shinra nesta temporada.
Por fim tivemos uma temporada que soube evoluir de sua anterior. Técnica e narrativamente. O mundo de Fire Force ficou ainda maior e mais diversificado, porém sem revelar o cerne principal de seus mistérios, abre o espaço para a terceira temporada que já está confirmada pelo perfil oficial de Fire Force, que ainda não há previsão de estreia.
Fire Force (2ª Temporada)
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Nota