A hora do reencontro finalmente chegou! Depois de três longos anos, finalmente podemos voltar à Hawkins com a quarta temporada de Stranger Things. O grande sucesso da Netflix mostra que não foi apenas o elenco juvenil que cresceu, mas a trama criada pelos irmãos Duffer também, chegando ao seu momento mais sombrio e assustador.
Seis meses se passaram desde os acontecimentos da terceira temporada. O grupo agora está separado: Eleven (Millie Bobby Brown) e Will (Noah Schnapp) foram morar na Califórnia, enquanto Mike (Finn Wolfhard), Dustin (Gaten Matarazzo) e Lucas (Caleb McLaughlin) continuam em Hawkins. É nesse momento de vulnerabilidade que uma nova ameaça vinda do Mundo Invertido começa a causar problemas. Então os amigos se veem obrigados a encontrar uma maneira de acabar com esse novo inimigo e toda a dimensão invertida de uma vez, mas as coisas não são tão simples.
Apesar de o tempo dentro da história não ter avançado nem um ano entre o desfecho de uma temporada e o começo da outra, o início de Stranger Things 4 causa certa estranheza devido ao envelhecimento dos protagonistas. Afinal foi uma espera de três anos para a estreia, com atrasos na produção graças à pandemia do coronavírus, então é normal que eles tenham passado por mudanças na aparência. Porém o roteiro consegue aproveitar bem isso, explorando as dificuldades dos jovens durante o ensino médio, como a necessidade de se encaixarem e serem aceitos e a luta contra o bullying. Essa introdução é lenta e contém diversos clichês, mas é necessária para a contextualização.
As coisas começam a ficar realmente estranhas quando eventos assustadores começam a acontecer. Fica claro desde o início que a pegada do terror será bem mais intensa do que antes. E o que confirma isso é o vilão da vez: Vecna. Com seu visual grotesco, o mostro supera o temor causado pelo Demogorgon e até mesmo pelo próprio Devorador de Mentes, atacando suas vítimas e forma perturbadora e cruel para atingir algum propósito obscuro.
Como sempre acontece, os personagens estão divididos em núcleos onde cada um deles precisa desempenhar uma tarefa. Junto aos rostos já conhecidos, vemos caras novas como o estudante Eddie Munson (Joseph Quinn), o carcereiro Dmitri (Tom Wlaschiha), o enfermeiro Peter (Jamie Campbell) e o maconheiro – sim, isso mesmo – Argyle (Eduardo Franco), o alívio cômico da temporada. Do pessoal antigo, quem volta a marcar presença é Steve (Joe Keery), além de Nancy (Natalia Dyer) e Robin (Maya Hawke), as quais emplacam uma amizade improvável, mas carismática.
A primeira parte tem sete episódios, todos com mais de uma hora de duração, o que torna um pouco cansativo no começo, porém passa despercebido conforme avança e fica mais dinâmico. Os caminhos de todos começam a se cruzar e uma revelação realmente surpreendente muda tudo no final, fazendo um gancho para os dois últimos episódios do volume dois que terão duração ainda maior para o encerramento da temporada.
Tivemos que esperar muito por Stranger Things 4, mas esse tempo valeu a pena pela evolução do roteiro que conecta vários elementos para criar uma trama madura e coesa que cresce junto com seu elenco. Agora só resta esperar pelo que os irmãos Duffer reservaram para nós na última parte do quarto ano dos bagulhos sinistros.
Assista ao trailer:
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Stranger Things 4: Volume 1
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