A Narrativa dele nos dias frios dela e sem significado costumava ser algo metódico, extenso e sem nenhuma emoção. Não tinha uma mudança ou algo diferente. Era todo dia a mesma coisa, as mesmas ações, o mesmo fluxo de atividades e se caso houvesse alguma intercorrência no meio de seus parágrafos, ele não saberia como recorrer a essa mudança repentina. Às vezes parecia que ela estava ali, apenas como complemento da  história dele para dar algum efeito naquele texto, não tinha nenhuma carga poética para ela se sentir com mais rima e beleza nas sentenças dele.
A verdade, já ocultada para as outras pessoas é que ela se sentia tão solitária sendo só palavras simples no meio daquelas frases. Queria ser algo que importasse e que tivesse algum sentido. Queria ser os advérbios de intensidade ou até mesmo os adjetivos do texto dele, mas era essa a grande questão da relação deles, não tinham tais elementos adicionados na narrativa como casal. O que tinham era elementos separados, diversas opiniões contrárias, sentimentos cansados da mesmice e um possível fim.
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Sara Lacerda

Meu nome é Sara, tenho 34 anos, sou de Fortaleza-Ceará e desde a minha adolescência eu escrevo. Costumo dizer que respiro palavras e transpiro ideias, é como se eu renascesse em forma de palavras. E através delas estou sempre criando uma história nova, me reinventando. Enfim, amo tudo relacionado a Literatura e atualmente além dos meus escritos faço o curso de Letras-Inglês EAD e nos meus momentos livres adoro mergulhar em um bom livro e assistir a um filme e série.

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