Duas décadas após a estreia de Meninas Malvadas, o aclamado clássico cult ressurge nos cinemas como um remake musical. A iminente chegada do novo filme da franquia Meninas Malvadas em 12 de janeiro é aguardada com expectativa pelos fãs. O intrigante trailer lançado na semana passada inicialmente não revela o tom musical do filme, mas um teaser posterior da Paramount Pictures confirma a incursão no universo musical.

Os primeiros frames, com a frase “estas não são as Meninas Malvadas da sua mãe”, sinalizam claramente que estamos prestes a testemunhar um filme destinado a conquistar a Geração Z.

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Meninas Malvadas já teve uma sequência em 2011 (Meninas Malvadas II) que não agradou muito aos fãs e entrou para a lista das sequências que não conseguem satisfazer o espectador por não chegar aos pés do original. O filme é divertido, mas não consegue atingir o nível de expectativa criada por aqueles que ficaram marcados por Regina George e suas fiéis súditas.

Apesar do retorno da franquia para uma nova geração, a essência de Meninas Malvadas nunca se dissipou. As redes sociais ainda reverberam com citações sobre usar rosa às quartas-feiras e o clássico “vocês não podem sentar conosco”.

Entretanto, ao refletir sobre o legado de Mean Girls em 2023, torna-se evidente que o filme é, em grande parte, uma cápsula do tempo da experiência do ensino médio nos anos 90. Desde que as “Plastics” governaram a escola em 2004, muita coisa mudou.

O filme de 2004 abordou temas como a ditadura da magreza (sem a influência da cultura fitness), o slut-shaming e estereótipos femininos. A sabotagem de Cady Heron à abelha rainha Regina George, envolvendo ganho de peso, destacou a ênfase na magreza sem a necessidade de exercícios físicos.

Hoje, a narrativa do ensino médio evoluiu, e novos filmes e séries capturam de maneira mais contemporânea a vivência dos jovens. Produções como “Euphoria” e “Sex Education” exploram as complexidades e desafios enfrentados pelos adolescentes na era atual, proporcionando uma visão mais atualizada e diversificada da juventude.

Enquanto alguns fãs celebram o retorno de Meninas Malvadas, há quem argumente que é hora de permitir que a franquia descanse em paz, abrindo espaço para narrativas mais pertinentes e alinhadas com a experiência do ensino médio nos dias de hoje. “Meninas Malvadas pertence às mães”, foi o que afirmou uma fã.

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Juliana Dacoregio

"É curioso como as cores do mundo real parecem muito mais reais quando vistas no cinema" (Laranja Mecânica)

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