Depois do sucesso da primeira temporada, A Casa do Dragão estava se encaminhando para deixar de ser apenas um derivado de Game of Thrones e se tornar maior que sua predecessora. Porém a promessa de sangue e fogo que o primeiro ano do programa fez para os espectadores não é cumprida no segundo, resultando em uma trama morna e sem grandes acontecimentos. 

Após a trágica conclusão da temporada anterior, as duas facções Targaryen preparem-se para a guerra. De um lado, Aegon II (Tom Glynn-Carney) senta-se no Trono de Ferro e comanda seus exércitos em busca de novos aliados e territórios. Em Pedra do Dragão, Rhaenyra (Emma D’Arcy) precisa se impor a seus vassalos e traçar uma estratégia para superar a vantagem numérica de seus adversários enquanto lida com a impulsividade de Daemon (Matt Smith). 

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Tudo indicava que o segundo ano de A Casa do Dragão finalmente mostraria os Pretos e os Verdes chegando às vias de fato e colocando seus dragões para “dançar”. Contudo essa expectativa não foi correspondida. No lugar de batalhas e feitos épicos, o roteiro nos apresenta episódios lentos e desinteressantes em sua maioria. 

Além de diálogos irrelevantes com o único intuito de prolongar a narrativa, alguns personagens tomam atitudes que não fazem sentido dentro da história, entrando e saindo com facilidade de locais dominados pelos inimigos. Pior do que isso é o desperdício de uma das figuras mais queridas da série: Daemon Targaryen. Dos oito episódios lançados, ele passa seis deles perdido em delírios e devaneios que simplesmente não o levam a lugar algum. 

Essa jornada subjetiva do rei consorte serve apenas para reafirmar a ligação entre a trama de A Casa do Dragão e Game of Thrones que originalmente não está nos livros. Mesmo assim é algo que soa forçado pelos roteiristas com a intenção de apelar ao carinho do público por um personagem específico da obra principal. 

Ainda assim, é importante dizer que nem tudo é descartável nessa temporada. Os efeitos visuais, especialmente nos dragões, continuam impressionantes, bem como a violência gráfica quando se faz necessária. Dois episódios se destacam, um por mostrar a primeira morte relevante do segundo ano, e o outro por colocar em prática as estratégias de Rhaenyra. 

Agora, o programa finaliza com uma nova promessa de que as coisas enfim vão começar a pegar fogo no terceiro ano do jeito que os fãs estão ansiosos para assistir. Tal expectativa tem mais chances de ser correspondida já que o enredo precisa se desenrolar e está confirmado que a série será finalizada na quarta temporada. 

A Casa do Dragão abre mão de uma temporada empolgante para criar as bases do confronto sangrento que está por vir. Por mais decepcionante que tenha sido, ainda há esperança de que a produção conserte seus erros no futuro e finalize com um desfecho grandioso, melhor até do que o livro que lhe deu origem.

Assista ao trailer:

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A Casa do Dragão (2ª temporada)

6.0 Regular
  • Nota 6
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Mozer Dias

Engenheiro por formação, mas apaixonado pelo mundo da literatura e do cinema. Se eu demorar a responder, provavelmente estou ocupado lendo ou assistindo a um filme.

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