Com direção e roteiro de Luc Besson, Angel-A apresenta o neurótico André (Jamel Debbouze), que se encontra endividado e sem saída. Decidido a colocar um fim na incansável perseguição que sofre pelos credores, ele ameaça sacrificar a própria vida em uma ponte de Paris, onde encontra uma mulher de cabelos loiros que também tenta o suicídio, mas é impedida pelo rapaz. Ela é Angela (Rie Rasmussen) e decide retribuir a ajuda de seu salvador de diferentes formas possíveis.

Partindo dessa premissa, o filme mostra a dupla durante a noite encontrando meios de resolver os problemas dele. A partir desse ponto, o roteiro segue um caminho intimista ao tratar de questões de fundo emocional e psicológico, o que ganha um reforço visual com a estética em preto e branco que reflete a tristeza do protagonista. Além disso, há uma montagem sugestiva para desvendarmos no devido tempo a identidade de Angela, um detalhe que infelizmente o título em português entrega de bandeja. Apesar desse detalhe, fica o destaque para uma cena em um banheiro, onde ela o faz refletir na frente de um espelho sobre amor-próprio, mesmo sem ele ter exemplos de como fazer isso. De uma beleza singular e com sensibilidade, esse momento marca a experiência do público e convida a uma reflexão fundamental sobre o assunto.

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Mesmo com uma conclusão genérica de sua história, Luc Besson faz de Angel-A uma obra audiovisual diferenciada, principalmente pelo seu potencial de entregar mensagens que permanecem por um tempo maior do que o esperado na mente do espectador.

Confira o trailer de Angel-A:

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Angel-A

9.0 Ótimo!
  • Nota: 9
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Marcus Alencar

"Palavras importam! Uma morte, uma ondulação e a história mudará em um piscar de olhos"

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