Depois do contato tardio com Harry Potter, Jogos Vorazes e Percy Jackson, estava na hora de começar uma nova saga literária de sucesso. Pensando em qual seria a próxima escolha, lembrei da série Maze Runner, que eu conhecia apenas de nome e por causa dos filmes que nunca tinha assistido. Pesquisando um pouquinho sobre a obra do escritor James Dashner, resolvi iniciar essa jornada com Maze Runner: Correr ou Morrer.
O primeiro livro nos apresenta a Thomas, um garoto que acorda preso em um elevador escuro sem lembrar de nada sobre sua vida, exceto seu nome. Ao sair da caixa metálica, o rapaz se vê rodeado por outros meninos na mesma situação que ele. Eles vivem em um lugar conhecido como Clareira, cercados por um labirinto cujos muros gigantescos mudam de posição toda noite. Porém, mesmo parecendo impossível, Thomas sente que possui as respostas para todos escaparem dali.
Ainda que a narração de Maze Runner seja feita em terceira pessoa, estamos sempre acompanhando o ponto de vista do protagonista. Assim, compartilhamos de sua frustração quando ele começa a questionar os outros rapazes a respeito do labirinto e tudo que consegue são respostas grosseiras ou então evasivas em uma linguagem cheia de palavras estranhas.
Tanto a hostilidade e o vocabulário esquisito dificultaram minha simpatia pelos personagens por mais da metade da obra. Até mesmo Thomas demorou a conquistar minha torcida, mas ao longo dos capítulos as coisas se desenrolam de modo favorável para ele. Entre os coadjuvantes, os que se destacam são Newt pela sua liderança, Chuck pelo alívio cômico e ingenuidade e Teresa graças ao mistério que a rodeia e sua dinâmica particular com Thomas.
No começo, Maze Runner parece uma mistura de gêneros que o torna difícil de enquadrar em uma categoria. Percebi traços de ficção científica e terror principalmente por causa das criaturas conhecidas como Verdugos. Contudo, a atmosfera distópica também está presente desde o início e vai ganhando força com o desenrolar da trama. Unindo todos esses elementos fica aquele suspense sobre o que de fato o labirinto significa e por que aqueles jovens foram parar ali.
A tensão aumenta consideravelmente na parte final do primeiro volume quando os personagens começam a reagir aos acontecimentos. E apesar de não oferecer todas as respostas, o desfecho dá um rumo totalmente inesperado para o restante da saga composta por mais cinco livros. Nesse ponto vale ressaltar que os volumes II (Prova de Fogo) e III (A Cura Mortal) dão sequência imediata a Correr ou Morrer. Já os exemplares seguintes são dois prequels (Ordem de Extermínio e O Código da Febre) e um livro de arquivos secretos dos Criadores.
Ainda é cedo para formar uma opinião consistente sobre a saga Maze Runner, mas a julgar pelo primeiro volume, essa história tem grande potencial para dar um salto de qualidade conforme novos desafios surgem. James Dashner criou um universo complexo que, ao que tudo indica, ainda tem muito para revelar e me surpreender.
Adicione este livro à sua biblioteca!
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