John Wick 4: Baba Yaga (2023) | Crítica

Desde a sua estreia em 2014, a franquia John Wick, estrelada por Keanu Reeves, vem se tornando cada vez mais popular dentro do gênero de ação. Agora, finalmente podemos conferir o capítulo final da jornada do brucutu porradeiro amante dos animais em John Wick 4: Baba Yaga, um encerramento grandioso em todos os sentidos.

Dando continuidade aos acontecimentos de Parabellum, John Wick (Keanu Reeves) continua sua busca por vingança contra a organização de assassinos da qual fazia parte. Porém, ele se depara com o Marquês de Grammont (Bill Skarsgård), poderoso membro da Alta Cúpula que dispõe de recursos praticamente ilimitados para detê-lo. Com poucos aliados e muitos inimigos, o Baba Yaga encontra uma forma de conquistar sua liberdade, mas para isso ele precisará sobreviver enquanto foge por três continentes.

Afirmar que John Wick 4: Baba Yaga é grandioso também inclui a sua duração. Com 2h50min de projeção, o filme se divide em vários atos que conduzem o protagonista até o seu objetivo final. Contudo, a direção de Chad Stahelski consegue fazer com que as diversas cenas de ação não fiquem cansativas ou repetitivas. Além das diversas locações, o diretor se aproveita de diferentes dinâmicas e ângulos de câmera, com direito a lutas em escadarias, em meio ao tráfego intenso de carros ou então vistas de cima em um plano-sequência.

Entre uma tarefa e outra que John precisa cumprir, vamos descobrindo mais a respeito da Alta Cúpula. Mesmo sendo um grupo de assassinos impiedosos, a organização é construída em cima de costumes e rituais que lhe conferem um ar de formalidade burocrática. A seriedade com que encara seus valores é o que a torna tão perigosa, mas também é o que possibilita a Wick uma chance plausível de escapar.

Entre antigos aliados e novos inimigos, três nomes se destacam em John Wick 4. O primeiro deles é o próprio Marquês de Grammont que, mesmo ficando a maior parte do tempo nos bastidores, é alguém a ser temido e odiado. Em seguida, vem O Rastreador, também conhecido como Sr. Ninguém (Shamier Anderson), um caçador de recompensa que age de acordo com os próprios interesses. Por último, Caine (Donnie Yen), um assassino implacável e habilidoso. Dentre os três, ele é o mais carismático devido a sua relação com o protagonista, chegando a roubar a cena algumas vezes.

Depois de uma longa perseguição, a conclusão épica fecha com chave de ouro. Com uma atmosfera de faroeste, o desfecho dado ao personagem principal é coerente e aparentemente coloca um ponto final na trajetória do Baba Yaga. Ao mesmo tempo, deixa espaço para os novos derivados da franquia que estão sendo planejados, como a série The Continental e o filme Ballerina, estrelado por Ana de Armas.

John Wick 4: Baba Yaga definitivamente está entre as maiores produções da franquia, não apenas por seu tempo de projeção, mas principalmente pela ousadia do roteiro e o encerramento épico. Com esse capítulo final, Keanu Reeves se consagra como um dos protagonistas mais populares e carismáticos de filmes de ação dos últimos tempos.

Assista ao trailer:

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