“Significa que o amor não tem nada a ver com o medo que tudo acabe, mas com encontrar alguém que o complete, que faça de você um ser humano melhor do que jamais sonhou em ser.”

A temporada de bailes está aberta em O Visconde Que Me Amava. As moças debutantes e suas mães estão ansiosas para conseguirem um bom casamento e o alvo da vez é Anthony, o Visconde Bridgerton. Jovem, rico, charmoso, lindo e com a fama de ser um grande Libertino (sim, com L maiúsculo).  O visconde por sua vez está decidido a pôr um fim nesta vida dissoluta e finalmente render-se ao casamento. No entanto ele deseja uma noiva exemplar, quase perfeita, e nenhuma dama que ele conheça alcançou esse posto.

Tudo muda com a chegada da família Sheffield composta por três damas: Lady Mary, a matriarca; senhorita Kate, a filha mais velha e senhorita Edwina, a jovem lindíssima eleita o diamante da temporada. Edwina chama a atenção de todos em cada baile que frequenta e é a imagem perfeita do que se espera de uma mulher. Já Kate, mesmo sendo muito bonita, com características diferentes das outras moças, passa desapercebida nos eventos sociais. Além disso ela possui uma personalidade forte e opiniões bem definidas, o que não é muito desejado pelos homens da época.

Assim que o Diamante da temporada é anunciado, Anthony escolhe sua noiva. Ele nunca desejou um casamento por amor e decide realiza-lo apenas para cumprir o papel social imposto a ele como filho mais velho. O casamento para ele nada mais é que um negócio, e a escolha da futura viscondessa é feita com a cabeça e não com o coração. Ele está decidido a cortejar e pedir a mão da jovem Edwina Sheffield, mas para isso precisa da aprovação de Kate, que é terminantemente contra esse casamento já que conhece muito bem a péssima fama de Anthony. Enquanto tenta alcançar seu objetivo, a relação com a irmã mais velha de Edwina segue rumos que ele não podia prever e um sentimento que ele não esperava surge para dar novos caminhos a sua história.

Querido leitor, esta humilde resenhista não poderia deixar de falar de Bridgerton. A história envolvente me fez devorar o livro em poucos dias. O desenrolar da história acontece no tempo certo: nem rápido demais nem demorado demais. A descrição das cenas é tão perfeita que pude me sentir como se estivesse vendo cada uma delas. A história de amor que nasce é narrada com muita sensibilidade e cuidado, e as cenas sensuais (prepare-se para muitas delas!!) são descritas com muita delicadeza, o que não significa que não se perca o fôlego com elas. Além disso temos personagens com personalidades fortes e muito profundos, com qualidades e com defeitos, o que gera muita aproximação com o leitor e afasta a imagem de perfeição que muitas vezes os romances criam.

Muito além de um romance de época riquíssimo em detalhes, esta história leva o leitor a uma grande reflexão: nosso passado as vezes deixa feridas abertas que moldam nossas atitudes. O fato de Anthony não querer casar por amor e muito menos se apaixonar pela esposa é produto de uma experiência traumática que ele viveu quando jovem, fazendo com que ele vivesse fugindo desse sentimento. O medo absurdo de tempestades que acompanha Kate ao longo da vida também é fruto de uma cena que ela presenciou ainda muito criança.

O Visconde Que Me Amava é sobre amor, cura e superação. É sobre como duas pessoas diferentes podem aprender uma com a outra e assim despertar o que há de melhor em seus corações. É uma daquelas histórias que deixam nosso coração quentinho e nos faz lembrar o poder transformador que amor tem e como basta apenas estar disposto para que a transformação aconteça.

“E havia Kate Sheffield. A maldição de sua existência. E o objeto de todos os seus desejos. Ao mesmo tempo.”

Nota: Querido leitor, se você ainda assistiu a série disponível na Netflix, esta resenhista sugere fortemente que o faça antes da leitura do livro. A experiência da leitura vai ser muito melhor.

Adicione este livro à sua biblioteca!

Leia a resenha de Os Segredos de Colin Bridgerton: Os Bridgertons 4

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