Quando o live-action de One Piece foi anunciado em 2019, o pessimismo era muito presente em relação ao resultado final da obra. Felizmente, muito disso se dissipou quando em menos de uma semana a série rapidamente agradou grande parte do público desde a sua estreia. Mesmo com várias mudanças em relação ao material original, a adaptação da obra de Eiichiro Oda para a Netflix soube conquistar a audiência com um roteiro interessante e divertido aliado a um trabalho visual competente, um alívio considerando a má fama de produções americanas inspiradas em animes.

Com uma primeira temporada de apenas 8 episódios era esperado que alguns arcos e histórias de One Piece fossem deixados de lado, uma decisão boa e ao mesmo tempo arriscada em alguns pontos. Pelo lado positivo, temos a apresentação de Monkey D. Luffy (Iñaki Godoy), Roronoa Zoro (Mackenyu Arata) e Nami (Emily Rudd) que logo se unem para suas primeiras aventuras em busca da relíquia mais valiosa do planeta, o One Piece. Apesar de essa ser a premissa principal de toda a história, fica claro que esse objetivo não será alcançado tão cedo. Desse modo, aproveitamos as aventuras e desafios cheios de percalços no meio do caminho do bando do chapéu de palha que aos poucos vai se expandindo.

Não demora muito para que novos membros sejam introduzidos, como é o caso de Usopp (Jacob Romero Gibson) e Sanji (Taz Skylar) que apesar do carisma não possuem muita relevância em um primeiro momento. O principal motivo está no tempo em que o roteiro gasta ao dar muito espaço para outras subtramas em episódios que esses personagens deveriam ser mais desenvolvidos. Isso acontece porque One Piece dedica muito espaço para o núcleo da marinha como a dupla Koby (Morgan Davies) e Helmeppo (Aidan Scott) e o comandante Garp (Vincent Regan) que está mais focado em encontrar Luffy.

Mesmo com essas questões apontadas, deve-se ressaltar como a produção acerta na caracterização de cada membro em diferentes aspectos. O exagero do anime ganha espaço no tempo certo com os golpes de Luffy e o seu jeito infantil de ser; As coreografias das lutas de Zoro empolgam e nos lembram o porquê de ele ser um dos personagens mais queridos dos fãs; A inteligência de Nami é bem representada além de não ser o único detalhe da personagem que também luta e interage bem com os outros, enquanto Sanji cativa no humor e tem boas cenas de ação. Por último, há Usopp que fica um pouco apagado em todos os aspectos apesar de ter alguns momentos breves de destaque e ter ficado bem caracterizado.

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Servindo como porta de entrada para novos fãs que provavelmente irão desvendar o anime e até mesmo o mangá, One Piece encerra seu primeiro ano mostrando que ainda há muito a ser explorado nessa versão do mundo criado por Eiichiro Oda. Enquanto ainda há uma certeza sobre o futuro da série, fica o sentimento de gratidão por uma adaptação interessante e de qualidade como essa ter sido produzida. Além disso há também a confirmação de que novamente uma história fantástica com piratas não é mais um sonho impossível de se tornar realidade.

Assista ao trailer:

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One Piece (1ª temporada)

8.0 Muito bom!
  • Nota 8
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Marcus Alencar

"Palavras importam! Uma morte, uma ondulação e a história mudará em um piscar de olhos"

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