Finalmente, chegou a vez de mais um super-herói saltar das páginas dos quadrinhos para os livros. Esse é o caso de Homem-Aranha: Entre Trovões, de Christopher L. Bennett. Este livro apresenta uma nova história do personagem ao invés de adaptar algum arco especifico ou saga assim como foi feito em Guerra Civil, que também conta com a sua participação. Na trama, a cidade de Nova York sofre intensos ataques de robôs aparentemente controlados por um dos mais perigosos inimigos do Aranha. Soma-se a isso o fato do sentido-aranha alertar constantemente o herói de ameças que, normalmente, não seriam perigosas como sua tia e sua esposa. Toda essa situação começa a piorar quando os ataques geram graves consequências tanto para o Homem-Aranha como para o seu alter-ego Peter Parker.

Nesse sentido, vale lembrar que a história não fica totalmente centrada no Homem-Aranha. Assim como nos quadrinhos, os personagens coadjuvantes também tem sua importância. Aos poucos, vamos percebendo como o problema com o sentido-aranha vai afetando o relacionamento do personagem a ponto do mesmo não confiar em ninguém além de si mesmo. Quem basicamente ganha um destaque nesse momento é o editor do Clarim Diário J. Jonah Jameson, praticamente o principal alvo das suspeitas do herói sobre os ataques robóticos. 

Por isso, também vale destacar como Bennett consegue criar uma história ao mesmo tempo com “cara” de quadrinho e romance policial. Ao se aventurar pelas páginas desta publicação, o leitor tem a sensação de realmente ler uma história em quadrinho por conta da forma dinâmica como são descritas cenas de ação. Aliás, o humor característico do Homem-Aranha obviamente não fica de fora e é adaptado com fidelidade. Já o mistério é criado com o devido cuidado de prender a atenção do leitor do inicio ao fim. O que também não fica de fora são as referências a outros personagens e algumas histórias clássicas.

Um detalhe bem curioso é como uma das mais admiradas características do personagem foi retratada no livro. É de conhecimento que todo super-herói precisa ter em sua jornada valores como força de vontade acima do normal e muita motivação mesmo em momentos de grande aflição. Tendo em vista isso, alguns trechos merecem o devido
destaque:

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“Homem-Aranha não poderia ser dominado pelo medo do perigo, pelo medo da perda, pelo medo do fracasso. Porque Peter Parker enfrentava esse medo todos os dias de sua vida. “

“Perder não era o fim do mundo, mas um passo no meio do caminho. Era um motivo para tentar com mais afinco da próxima vez, para aprender, para tentar mais. O perigo de voltar a errar estava com ele, presente em todos os momentos de cada dia. Mas não era sufocante. Era um estímulo. Uma inspiração. Dava ainda mais determinação para que continuasse lutando e insistindo e se esforçando para melhorar.”

“Um homem pode perder, ele disse a si mesmo, como havia feito antes nos momentos em que mais precisava. Um homem pode ser derrotado. Não é uma desgraça, desde que ele não desista!”

Lendo os trechos acima, todo leitor de quadrinho certamente se lembrará de cenas clássicas das HQs como, por exemplo, quando o personagem precisa praticamente erguer sozinho os escombros de um prédio desabado em cima dele após uma luta contra o Dr. Octopus. Enfim, se você é fã das aventuras do amigão da vizinhança esse livro com certeza será um grande item de valor para a sua coleção.

Adicione este livro à sua estante!

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Marcus Alencar

"Palavras importam! Uma morte, uma ondulação e a história mudará em um piscar de olhos"

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