Stanley Martin Lieber. Esse é o verdadeiro nome de uma lenda dos quadrinhos. Conhecido mundialmente como Stan Lee, ele se tornou notório ao criar os maiores heróis da Marvel Comics. Criativo, polêmico e engraçado são apenas alguns adjetivos que servem para representar a figura de Lee na indústria dos quadrinhos e do entretenimento como um todo. Por isso, como forma de homenagear sua trajetória, este artigo irá abordar aspectos marcantes de sua influência na cultura pop. Então, fiquem ligados, intrépidos leitores. Esta aventura está só começando. “Excelsior”!

Listar as suas principais criações é um desafio. Cada personagem Marvel criado pela mente dele em parceria com grandes desenhistas tem algo de especial. Não é a toa que cada um deles merece um destaque. Mesmo depois de passar o bastão para outros roteiristas, foi ele que plantou a semente desse tipo de heroísmo tão incrível. Isso ocorre porque todos carregam a característica de serem mais humanos e identificáveis, ainda mais se comparados com os grandes ícones da concorrência. E é exatamente essa fragilidade humana que conquistou o público criando uma gerações de leitores. Por exemplo, entre suas criações há um certo escalador de paredes que combate o crime ao mesmo tempo que se preocupa em cuidar da tia e pagar as contas. E esta foi apenas uma criação, entre várias, que construíram o imenso legado de Stan Lee.

Um aspecto importante de suas criações é como através delas ele debatia temas relevantes. Um exemplo está nos X-Men, que foram criados por ele e Jack Kirby na década de 1960. O grupo de mutantes odiado e temido pela humanidade “nasceu” nas HQs em uma época na qual o racismo nos EUA estava em alta. É por conta disso que grandes nomes do ativismo negro como Malcom X e Martin Luther King foram considerados como inspirações para criar personagens como Magneto e Professor Xavier. Portanto não seria erro afirmar que grupo é um reflexo daquele período, assim como grandes heróis negros como Falcão e principalmente Pantera Negra. Ambos foram (e ainda são) importantes na questão da representatividade do seu público.

Além disso, há o fato de que sem Stan Lee muitas outras obras não teriam existido. O exemplo mais significativo nesse sentido está no atual momento das adaptações de quadrinhos para o cinema. Basicamente, 90% dos filmes já lançados ao longo das duas últimas décadas são de personagens que carregam a marca dele. Mesmo que muitas das histórias adaptadas não sejam as de sua autoria, isto nunca tirou o mérito de ter seus heróis e vilões ganhando vida em produções de sucesso mundial. Para ele, isto sempre foi motivo de orgulho. Não é a toa que sempre fez questão de fazer participações especiais. E como se conquistar a sétima arte fosse pouco, ele ainda encontrou meios de participar de todo tipo de produção seja pessoalmente ou em animação. Muito mais que um easter egg, uma forma de reconhecimento e admiração.

Fonte: EW

Stan Lee virou sua última página, mas antes disso viveu e criou um universo de histórias fantásticas. Esta homenagem em forma de artigo termina por aqui com aplausos para esta lenda que soube usar com responsabilidade o poder do seu grande talento. Um feito digno de um dos maiores heróis que já passou pela terra.

Olhar Literário é uma coluna escrita por Marcus Alencar. Marcus é redator no site Leituraverso e um dos hosts do podcast Leituracast

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Marcus Alencar

"Palavras importam! Uma morte, uma ondulação e a história mudará em um piscar de olhos"

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