O Black Sabbath figura entre uma das minhas bandas favoritas. A primeira música que ouvi deles, e acredito que tenha sido também a experiência de muitos, foi Paranoid, tida como o maior hit do quarteto de Brimingham. No entanto, a primeira vez que ouvi os riffs de Paranoid não foi em disco, fita cassete e nem ao acaso na rádio, mas na trilha sonora de um jogo pra Super Nintendo..

Se ao final do parágrafo precedente o nome ROCK N’ ROLL RACING veio à sua cabeça, acertou. Lançado em 1993 pra SNES e Mega Drive, o jogo conquistou uma legião de fãs, devido ao formato e à proposta do jogo (quer maior potencial de entretenimento do que uma corrida interplanetária à lá Mad Max?!). A trilha sonora, que vou comentar mais adiante, é um espetáculo à parte.

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As diferenças do jogo pra Mega Drive e SNES são poucas. Algumas mudanças de gráficos, uma ou outra mudança na música e nos efeitos da trilha sonora.. Enfim.. Nesse texto, no entanto, vou me ater à versão que joguei, que foi a do SNES.

Como o próprio nome e a imagem de abertura do jogo já sugerem, você assumirá o controle de algum veículo interplanetário super-bruta-montes-testosterona-brucutu pra disputar um torneio pela galáxia com outras raças alienígenas, tudo isso regrado ao som do bom e velho Rock N’ Roll dos humanos. Ao todo são 6 torneios, cada um em um planeta diferente com condições diferentes. Uns são quentes demais, e aí facilita o superaquecimento do motor; outros têm gravidade demais, o que difculta retomar a pista após alguma batida.. São 3 níveis de dificuldade: Rookie (moleza!), Veteran (opa, complicou..) e Warrior (fudeu!). Há também um narrador (Larry) ao longo do jogo, quando ocorre uma ultrapassagem, uma batida, ou o anúncio da volta final, mas o player pode optar por desabilitar o narrador, se quiser (Ouch!). Se você quisesse jogar multiplayer, bastaria convidar alguns amigos (é, naquela época não tinha a opção de jogar online..).

A perspectiva do jogador não é POV, e sim uma câmera que acompanha o piloto à uma distância meio que lateral, mas sempre constante. É um ângulo que, no início, pode trollar a perspectiva do jogador na hora de fazer uma curva, ou tentar atingir o adversário. Aliás, esse também é um ingrediente literalmente explosivo em RRR: é uma corrida onde vale tudo! Bombas, mísseis, espinhos fura-pneus, pular da rampa pra ultrapassar o adversário (só cuidado pra não cair fora da pista!).. Ao longo do trajeto há também itens de reparação e grana pra que futuramente você possa turbinar seu possante.

Como já cheguei comentar, a cereja do bolo é a trilha sonora. 5 clássicos do Rock N’ Roll, cujos riffs e frases musicais foram devidamente adaptados pra linguagem de 16-Bits, se alternam ao longo de todo o jogo para dar vida às corridas interplanetárias. São elas: Paranoid (Black Sabbath), Born To Be Wild (Steppenwolf), Bad To The Bone (George Thorogood & The Destroyers), Peter Gunn Theme (Henri Mancini), e Highway Star (Deep Purple). Conta-se que na versão do Mega Drive foi incluída a música Radar Love, do Golden Earring. O efeito da trilha ao longo do jogo é de total adrenalina, e, apesar de algumas limitações gráficas e de ângulo da câmera, Rock N’ Roll Racing é mais um daqueles jogos que hoje proporcionam boa nostalgia, mas que sempre vão figurar na nossa galeria de jogos inesquecíveis.

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