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Existe um filme novo do Bruce Willis por aí. Você vai assistir? Óbvio que vai. Mesmo que ele não seja o protagonista, e “somente” um secundário de bastante relevância. Apesar de não ser um filme de ação Survive the Night tem sua cota de tiros e violência nesse suspense de baixo orçamento. O roteiro marca a estreia de Doug Wolfe como roteirista.

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Um dos bandidos de uma dupla acaba se machucando enquanto tentam escapar de um roubo que os deixou ricos. O caminho deles vai se cruzar com um médico que caiu em desgraça em sua carreira e está tentando reconstruir sua vida e suas relações familiares.

A premissa toda desse filme é bem simples, mas sempre cativante. Ter sua residência invadida por bandidos é um medo real e possível de acontecer e justamente por isso ficamos intrigados em ver como os personagens reagem a esse problema, para talvez pensar no que nós faríamos na mesma situação.

O protagonista da trama é vivido por Chad Michael Murray e você pode conhecê-lo de Sexta-Feira Muito Louca, A Casa de Cera (versão de 2005) e o seriado Lances da Vida. Sua atuação aqui é simples, mas eficiente o suficiente para carregar a trama. Shea Buckner, um dos bandidos, pode ser conhecido por você da série Shameless. De resto, o único nome verdadeiro grande é do próprio Bruce Willis que interpreta um pai rígido que tem dificuldades de se conectar com seu filho.

A trama como um todo é permeada de clichês clássicos de histórias que seguem as ações de bandidos. Temos a dupla onde um é o calmo que só quer o dinheiro e o outro é o “gatilho solto” e que perde a cabeça fácil. Temos frases como “Vamos para a fronteira do México e nos aposentar”, “Esse vai ser nosso último trabalho”. Apesar de serem clichês, eles são relativamente bem feitos, mas existe muita repetição de frases e diálogos que faz a coisa ficar um tanto cansativa.

Os arcos de cada personagem são bem óbvios e resolvidos sem muito esforço ou dramaticidade. Na transição do segundo ato para o terceiro temos uma queda vertiginosa da tensão e o filme perde bastante o fôlego. Até esse momento o longa ia bem em criar tensão, sensação de perigo e interesse. A ação e violência possuem seus momentos, não são muito exagerados, mas conseguem chocar aqui e ali. A direção de Matt Eskandari não faz nada de especial com a história, é bem comum e simplista.

A premissa é simples e de certa forma eficiente até o ultimo terço. O problema deste filme é que ele não possuiu nada de muito diferente que o faça marcar sua memória ou uma execução muito bem feita para te deixar bastante empolgado. Certamente vai ser o filme que você vai esquecer em alguns dias.

Só recomendo para aqueles que são muito fãs do Bruce Willis e desejam vê-lo fazendo um papel mais envelhecido que ainda assim dá uns tiros e umas porradas, ou se você adora ver filmes de invasão de casa (será que existe um gosto tão especifico assim?).

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Raul Martins

Autor dos livros Cabeça do Embaixador e Onde os sonhos se realizam

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