Uma nova matéria do Wall Street Journal (via Kotaku) reporta que Bobby Kotick, CEO da Activision Blizzard, escondeu demissões feitas nos últimos meses e relacionadas aos casos de abuso e assédio sexual dentro da companhia revelados durante a segunda metade de 2021.

Kotick teria escondido esses dados pois os números “poderiam fazer os problemas do ambiente de trabalho da companhia parecerem maiores do que já se é conhecido”, de acordo com a reportagem do WSJ.

Procurada pelo jornal, a Activision declarou, via representante, que 37 pessoas deixaram a empresa, seja por meio de demissões ou saídas voluntárias, enquanto outros 44 funcionários foram disciplinados por ações passadas.

A Activision Blizzard negou, porém, dados de fontes do jornal que citavam a abertura de 700 relatórios sobre problemas de conduta ou outras questões feitas por trabalhadores durante a atual fase de investigação conduzida internamente.

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O drama envolvendo a Activision Blizzard, seu ambiente de trabalho tóxico e o papel das lideranças da empresa em tudo isso tomou foco em julho, quando a publisher foi processada pelo governo da Califórnia, e diversas figuras da Blizzard, incluindo o presidente J. Allen Brack e desenvolvedores importantes de Overwatch 2 e World of Warcraft, deixaram a empresa.

O CEO Bobby Kotick prometeu mudanças internas significativas para melhorar o ambiente de trabalho, mas de acordo com uma matéria do Wall Street Journal, o executivo tinha conhecimento de diversos casos de abuso sexual dentro da empresa, que eram em geral ignoradas. Pior, em um caso específico envolvendo, ele chegou até a intervir em um caso específico para manter o chefe do estúdio Treyarch, Dan Bunting, após ser acusado de assediar uma funcionária em 2017.

Trabalhadores e acionistas da Activision Blizzard pediram pela remoção imediata de Kotick como CEO da empresa — cargo que ocupa desde 1991 —, e a liderança da companhia foi criticada por três das maiores empresas da indústria: SonyMicrosoft e Nintendo.

Não só isso, trabalhadores da Raven Software, estúdio responsável principalmente por Call of Duty Warzone, entraram em greve contra demissões feitas em seu departamento de QA (Garantia de Qualidade)

Ainda assim, a diretoria da companhia mantém apoio declarado a Kotick como executivo-chefe.

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