Em breve, o amigo da vizinhança estará de volta aos cinemas em seu segundo reboot. Para os fãs fica um misto de esperança e medo quanto a chegada desta nova adaptação. E isso é bem compreensível tendo em vista tudo o que já foi feito com o Homem-Aranha em seus últimos filmes. Por esse motivo, venho aqui aproveitar a oportunidade para comentar algumas questões sobre o passado, presente e futuro daquele que é certamente o herói mais querido da Marvel Comics.

Começando pela trilogia dirigida por Sam Raimi. Apesar de todas as críticas que a mesma ainda receba, principalmente por causa do tenebroso Homem-Aranha 3 (2007), não posso deixar de reconhecer seu valor para a cultura pop. O sucesso dessa franquia foi responsável por popularizar ainda mais uma marca que já tinha grande apelo entre o público nerd. Não é a toa que além de influenciar toda uma sequência de produções derivadas esses filmes também serviram de inspiração para mudanças nos próprios quadrinhos do personagem.

No entanto, há 10 anos atrás (contando a partir do último filme) ainda não havia a possibilidade de termos o Homem-Aranha fazendo parte do Universo Cinematográfico da Marvel. Agora, com esse retorno ao lar fica mais do que esperado que este novo aranha do Tom Holland seja tão bem recebido como foi o Tobey Maguire em seu época. Em termos de expectativa, pode-se notar que algo neste novo filme deixará todos os fãs alegres: o senso de humor. Em Capitão América 3: Guerra Civil (2016), pudemos perceber que esta característica foi respeitada. Em outras palavras, e com o perdão do trocadilho, acertaram em cheio no Tom do personagem.

Aliás, não é a primeira vez que vemos um aranha mais cômicos nos cinemas. No primeiro reboot estrelado por Andrew Garfield havia claramente a necessidade de mostrar ele sendo o piadista de sempre. Infelizmente (ou não), apesar de pontos positivos como esse, os filmes não tiveram o resultado esperado. Entre os principais motivos para o fracasso desta empreitada podemos citar cenas de ação fracas e vilões desenvolvidos de forma muito rasa. Na verdade, para ser justo, o segundo filme, que teve o Electro como principal vilão, teve lutas muito interessantes mesmo com um antagonista bem esquecível.

Mas deixemos o passado de lado para voltar a nossa atenção para o que realmente interessa: o futuro. Sobre isso, o que posso comentar é que como fã me sinto otimista. Tanto os trailers como os comentários da imprensa norte-americana especializada deixam claro que se trata de uma produção mais leve e empolgante. Só que isso só serve para aumentar a empolgação e a expectativa. O que importa mesmo é saber qual será a receptividade do público em geral sobre Homem-Aranha: De Volta ao Lar. É muito fácil se animar por uma breve participação em Guerra Civil, algo que pra muitos foi o melhor momento da terceira aventura do Capitão América. O grande desafio será lidar com todas as mudanças já anunciadas para este novo reboot. Será que os fãs aceitarão um Flash que não é o valentão clássico de sempre? A Tia May interpretada por Marisa Tomei será tão marcante quanto as interpretações de Rosemary Harrys e Sally Field? O Abutre foi a melhor escolha para este reinicio? 

Claramente o que não faltam são perguntas como essas para fãs dos quadrinhos como eu e você. Não ouso respondê-las pois acredito que as respostas serão trazidas no seu devido tempo. Por experiência própria, sei que toda adaptação sempre trará algo novo. Inclusive, isto não é motivo para que haja julgamentos ou comentários preconceituosos como tem sido feito em relação ao elenco do novo filme. Por exemplo, especulava-se que a atriz Zendaya seria uma nova versão da Mary Jane. O que se sabe, de acordo com a ficha do IMDB, é que ela interpretará uma personagem chamada Michelle, o que segundo especulações seria a filha do Abutre (Michael Keaton). Quem também é alvo de polêmicas é o novo Flash Thompson que será vivido pelo ator indiano Tony Revolori. Segundo algumas declarações do diretor Jon Watts, este personagem trará um novo tipo de rivalidade para o alter-ego do Homem-Aranha. O que isto realmente vai significar só saberemos em um futuro próximo.

Enfim, chego ao fim desta viagem no tempo da filmografia do Homem-Aranha. Só me resta agora, assim como para todos os fãs do aracnídeo, esperar que esta nova aventura do amigão da vizinhança traga um retorno feliz ao lar de onde ele nunca deveria ter saído.

Olhar Literário é uma coluna escrita por Marcus Alencar. Marcus é redator no site Leituraverso e um dos hosts do podcast Leituracast

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Marcus Alencar

"Palavras importam! Uma morte, uma ondulação e a história mudará em um piscar de olhos"

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