O filme começa com um clima diferente do qual o público estava esperando, John Wick (Keanu Reeves) indo ao hospital visitar (e assistir a morte) de sua esposa que sofria de câncer. E para levar sua vida em frente, ele se apega a um filhote de cachorro para ter alguma companhia em seu sofrimento. Até então, pouco se sabia da história de John Wick, que parecia ser apenas um bom companheiro de sua esposa.

Porém quando o filho mimado do chefão da máfia (Alfie Allen) rouba o carro vintage de John e mata o filhote de cachorro que ele acabara de ganhar de sua falecida esposa, desperta a ira do protagonista. O jovem vilão não sabia quem era John Wick quando cometeu tais atrocidades, nem o espectador. E prontamente os personagens passam a repetir o nome de John Wick e explicam quem ele é: um ex-assassino da máfia russa (o melhor assassino) que tinha se aposentado para viver com sua esposa. E com esses fatos ele está de volta “ao jogo” atrás de vingança.

De alguma forma é bom ver Keanu Reeves novamente lutando artes marciais e usando armas impiedosamente, assim como em Matrix (porém de uma forma totalmente sem o glamour do aclamado longa). Com o juntado de clichês do filme: o hotel de assassinos, as moedas de pagamento sujo, os carrões para perseguição, o diretor estreante Chad Stahelski resgata o universo de filmes de vingança à máfia porém sem grandes pensamentos das implicações desses elementos que o mesmo recicla, apenas preocupando-se com as coreografias e tiroteios de baixo de chuva ou dentro de boates. Apegando-se à referencias de inúmeros filmes de ex-militares/mercenários/assassinos que voltam à ativa em busca de vingança, o que faz do filme mais do mesmo do que vemos por aí nas telas.

Com consciência dos grandes clichês invocados pela trama, De Volta Ao Jogo não foge à regra. Com um protagonista que pouco fala e que resolve tudo sozinho a base do “tiro, porrada e bomba”, se estabelece como um filme honesto de brucutu da atualidade. Mas dessa vez no estilo índio samurai com armas em busca de “Revenge”.

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Daniel Gustavo

O destino é inexorável.

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