Uma guerra nuclear contra alienígenas, um planeta devastado, a busca incessante para extrair os últimos recursos da Terra e … flashes aleatórios do semblante de uma mulher desconhecida, porém estranhamente familiar, como se ela fizesse parte de uma lembrança.. Eis a premissa de Oblivion, thriller de ficção científica lançado em 2013 pelo diretor Jospeh Kosinski (Tron: Legacy) e estrelado por Tom Cruise.
A Terra é agora um planeta inóspito, impróprio na maioria de seu território para a vida humana. Ao usarem as bombas nucleares para defenderem o mundo contra os invasores extra-terrenos, o planeta foi reduzido a um grande deserto, e o que sobrou da vida humana mora, em grande parte, em Titã, uma das luas de Saturno, e uma outra parcela permaneceu na Terra pra auxiliar na extração dos últimos recursos que sobraram.
Auxiliado pela diretora de comando Sally (Melissa Leo) e por sua parceira Victoria (a belíssima Andrea Riseborough), Jack Harper (Tom Cruise) é o responsável pela manutenção dos drones que protegem grandes máquinas que extraem o que resta da água dos oceanos, a fim de que seja seguramente conduzida ao Tet, uma estação espacial intermediária entre a Terra e o destino final dos humanos sobreviventes. No entanto, após averiguar a queda de um objeto espacial não-identificado, Jack Harper começa a ver que as coisas não são muito bem aquilo que parecem ser, principalmente quando drones aparecem no local da queda para vaporizar as formas de vida presentes, incluindo a do próprio Jack Harper…
Contando ainda com a atuação (breve) de Morgan Freeman, da atriz russa Olga Kurylenko (007: Quantum Of Solace) e do dinamarquês Nikolaj Coster-Waldau (sim, o Sor Jaime Lannister, de Game Of Thrones), Oblivion é um longa que impressiona mais pela fotografia, com cenários desconcertantemente bonitos e desoladores (filmados na Islândia), do que pelas atuações ou pela própria trama. Apesar de ter um enredo interessante, a execução e o desfecho do longa não chegam a pegar o espectador de surpresa.
A escolha por tais cenários tem o mérito de romper com o imperativo de que “filmes de ficção científica têm que ser claustrofóbicos e com ambientes predominantemente escuros“, fórmula esta que vem sendo repetida à exaustão desde Alien: O Oitavo Passageiro e Blade Runner, ambos curiosamente do diretor Ridley Scott. Assim como o cenário e a fotografia, a trilha sonora composta pelo grupo francês M83 se fez presente no longa.
Ao final, o espectador fica com a sensação de que Oblivion conseguiu proporcionar uma boa diversão, apesar de alguns pontos baixos (sobretudo a sub-utilização do elenco). No entanto, se você não gostou nem da trama do filme, nem dos efeitos, nem da trilha sonora e nem das atuações, informo a você que Oblivion pode ser visto também como um grande tributo a filmes antigos de sci-fi, e uma boa diversão proporcionada pelo longa é conduzir o espectador a identificar a qual clássico de sci-fi uma determinada cena fez menção. Consegui identificar alguns títulos: Matrix, Wall-E, Planeta dos Macacos, King Kong, 2001: Odisséia no Espaço, Alien: O Resgate, Blade Runner, Total Recall e mais alguns outros. Se você encontrou mais, deixe nos comentários.