A trama futurista conta a história da última batalha de uma longa guerra entre invasores alienígenas e as defesas da Terra. Responsável pelo marketing e pela assessoria de imprensa do exército, o major Bill Cage (Tom Cruise) nunca entrou em combate. Quando é convocado pelo general (Brendan Gleeson) a registrar em vídeo e em loco, o front de batalha na Normandia, ele refuga, e é acusado de deserção. Com isso Cage é rebaixado a soldado no pelotão do Sargento Farell (Bill Paxton). Lá, ele sofre um acidente com um alienígena que o mata e o ressuscita, fazendo-o viver repetidamente o mesmo “dia D”. O filme é uma adaptação a Light Novel (livro japonês) All You Need is Kill originalmente escrito por Hiroshi Sakurazaka em 2004.  
Com a descoberta da possibilidade de reiniciar o mesmo dia quando morre, Cage vai melhorando suas skills a cada tentativa, porém não consegue êxito em nenhuma delas. Porém após conhecer a principal herói da guerra contra os alienígenas, Rita Vrataski (Emily Blunt) e descobre mais detalhes sobre esse “dom”. A atlética guerreira também ganhara o mesmo poder em uma batalha anterior, pois, assim como Cage, foi banhada pelo sangue de um Alpha (Uma espécie da raça alienígena de controle temporal) antes de morrer pela primeira vez. Rita perdeu o dom de viver o mesmo dia várias vezes quando, em um acidente, precisou repor seu sangue corporal, trocando assim o antigo que tivera misturado com o do Alpha.
O longa-metragem dirigido por Doug Liman é claramente inspirado em alguns clássicos contemporâneos do cinema. Percebe-se referências de Tropas Estelares, Feitiço do Tempo, Matrix e até um pouco de Identidade Bourne do próprio Liman. E apesar de todas essas referências o filme consegue de forma honrosa manter a sua própria identidade, tocando a trama de forma interessante, usando e abusando das montagens de “fastfoward”. Brincando com o aprendizado através da tentativa e erro dos protagonistas, e com isso o estreitamento da relação da dupla se dá de uma forma natural e óbvia na história.. Essas repetições transformam Bill Cage em um especialista, com treinamentos e memorizações. O protagonista começa a destrinchar o segredo dos alienígenas a cada tentativa. Porém não é tão simples se infiltrar numa espécie de QG de inteligência dos inimigos.
A crítica à propaganda de guerra é leve e bem feita na película gravada em 2014. Sempre em que Cage “renasce” ele encara uma propaganda de guerra em que Rita é retratada imponentemente, convocando novos alistados, no mesmo dia em que ele leviana e repetidamente morre (assim como seus companheiros). O ponto negativo da trama que mais ressalta aos olhos é o acanhamento do fim, optam por um final extremamente controverso com a ideia de dia da marmota do roteiro. O filme se apoia na muleta, já tão explorada, do final mais palatável ao grande público.
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Daniel Gustavo

O destino é inexorável.

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