Apesar de ser um personagem relativamente desconhecido, Doutor Estranho sempre colecionou uma boa quantidade de títulos e histórias. Para aqueles que sempre estiverem envolvidos no mundo dos quadrinhos ele já era uma figura reconhecível e, provavelmente, um leitor experiente já esbarrou em algo referente a ele. Juramento é uma dessas histórias que transmite tudo o que o personagem é e porque ele sempre foi uma figura presente no universo Marvel.

Na enfermaria secreta para super heróis o Mago Supremo aparece baleado e sendo carregado por seu ajudante Wong. Os dois personagens estão à beira da morte, por motivos diferentes, e assim começa uma jornada que envolve a poção mais poderosa da história. A dupla logo se torna um trio com a enfermeira noturna, e Nova York se torna um palco de seres místicos e magias extremamente poderosas. E a pergunta que não quer calar é: quem baleou Doutor Estranho e por quê?

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O filme foi a principal obra que levou o personagem ao conhecimento público. Tanto para aqueles que já eram familiares ao mundo de super heróis quanto para os totalmente leigos. Para quem viu o filme e gostou este quadrinho será uma grata surpresa. Lembra-se da cena do Strange como espírito guiando a própria cirurgia? Foi daqui que ela saiu.  Para quem não gostou do filme essa continua sendo uma HQ incrível. Muitos reclamaram que o filme não tinha profundidade ou senso de perigo. Aqui temos um conflito realmente digno da atenção de um Mago Supremo.

É até difícil falar muito sobre essa história sem revelar algo extremamente importante sobre ela. Trata-se de uma trama que mistura muito bem aventura, senso de perigo, descoberta e magia com questões realmente complexas e até filosóficas sobre a existência da humanidade e como ela se dá no mundo. Também existe uma crítica contundente sobre as grandes empresas e como elas protegem seus próprios lucros. Mesmo com tudo isso ainda temos uma história que é genuinamente divertida e com bastante cara de uma aventura de grupo de RPG.

Todos os três personagens são muito bem desenvolvidos. Wong deixa de ser um personagem secundário e subserviente e se torna tão protagonista quanto o herói. A enfermeira noturna acaba recebendo a função de orelha para que nós leitores enxerguemos através dela este mundo mágico e entendamos também como Strange virou um mago e de onde surgiu sua relação com o Wong.

Brian K Vaughan é o roteirista e é um dos nomes que mais desperta o interesse dos leitores de quadrinhos, com suas sagas Y- O último homem, Os Fugitivos (que vai virar série) e a recente Saga. Ele sempre foi um nome associado à criatividade, mesmo quando está associado a Marvel e DC. Algo que pode incomodar neste roteiro são as recapitulações que ele faz no inicio de cada edição. Na versão americana original isso até faria sentido, mas na edição da Panini compila toda a saga de uma vez só. Você terá uma grande sensação de repetição e para verdade vai até pular essas recapitulações todas.

A arte de Marcos Martin é absolutamente fabulosa. Todos os seus trabalhos na Marvel são incríveis e este é mais um deles. Além de fazer uma homenagem ao traço de Steve Ditko, ele torna a história extremamente ágil e faz um herói que não luta com os punhos para ser verdadeiramente perigoso e digno de grandes combates. Uma história perfeita para você que gosta de super heróis e para você que quer conhecer mais do personagem para além do filme.


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Raul Martins

Autor dos livros Cabeça do Embaixador e Onde os sonhos se realizam

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