Versões diferentes de um mesmo super-herói já é um padrão no mundo dos quadrinhos e, de certa forma, já vem se tornando lugar comum no cinema. Temos Deadpool com duas versões num mesmo universo cinematográfico, uma versão envelhecida do Wolverine em Logan, Flash com duas versões simultâneas em seu seriado e no cinema. Agora temos uma animação que pega esse conceito e o coloca no centro de uma trama que explora diversas versões do Homem-Aranha.

Após acidentalmente ser picado por uma aranha radioativa o adolesceste Miles Morales ganha poderes muito parecidos com o do herói Homem-Aranha que atua em sua cidade. Na tentativa de entender sua nova condição ele acaba presenciando a morte do herói e decide assumir seu lugar como Amigão da Vizinhança. Mas o que ele não esperava é que outras versões de realidades paralelas do herói apareceriam.

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Apesar de ter divertidas cenas de ação esse é um filme que primordialmente é uma comédia. O objetivo principal desta animação é te fazer rir, e uma vez que se entende isso é muito mais fácil embarcar nesse universo colorido e super rápido. Para aqueles que já acompanhavam os quadrinhos o personagem de Miles já era mais do que adorado e acredito que aqueles que o conheceram no cinema terão uma grata surpresa. Ele é tão carismático quanto Peter e tem uma vida pessoal rica e cheia de detalhes interessantes.

Muitas das outras versões que o protagonista interage também são retiradas dos quadrinhos com diferentes níveis de popularidade e relevância. Todos possuem seu carisma mesmo que alguns sejam inseridos na trama de forma um tanto abrupta. O peso emocional de alguns eventos também acaba ficando demasiadamente diluído devido à predominância do tom cômico, mas nada que jogue a qualidade para baixo.

A estética da animação é simplesmente sensacional. Além de em diversos momentos emular elementos gráficos dos quadrinhos, ele mistura diferentes estilos de arte e de animação numa mesma cena. O movimento é constante e fluido dando um ritmo incrivelmente ágil que contribui muito para a narrativa e nas cenas de ação. Felizmente essa historia consegue resgatar o que realmente é importante na essência do personagem Homem-Aranha, algo que havia se perdido em De Volta ao Lar, que é o senso de heroísmo e a responsabilidade de ser um herói. Agradara tanto criança e adultos, apesar do longa aqui no Brasil ter sido classificado para 10 anos sem nenhuma necessidade. Uma grande homenagem à mitologia do herói que te faz lembrar porque ele é um dos personagens mais amados do mundo.

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Raul Martins

Autor dos livros Cabeça do Embaixador e Onde os sonhos se realizam

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