O primeiro filme do Homem Formiga foi criticado por algumas pessoas por ser um dos mais simples e juvenis dos filmes Marvel. Entretanto o próprio filme se vendeu como uma visão bem mais simples e brincalhona deste universo com um super-herói que nem se leva tão sério assim. Gostando ou não do primeiro filme, ele foi um sucesso financeiro e alcançou o que ele mesmo se propôs como narrativa e gênero. Agora temos a continuação da franquia do herói que leva em conta os eventos do longa Capitão America: Guerra Civil.

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Estando em prisão domiciliar o ex-herói Scott Leng tenta recuperar sua vida normal. Finalmente fez as pazes com sua filha e ex-esposa, além de conseguir abrir uma empresa com seus amigos. Toda essa calmaria se desfaz quando Hank Pym e Hope aparecem pedindo ajuda para recuperar a primeira Vespa no reino Quântico, já que ele foi o único que retornou de tal viagem.

Se você gostou do primeiro filme vai amar essa continuação. Tudo que havia de bacana foi amplificado e melhorado no roteiro, nas piadas e nas cenas de ação. Temos uma evolução bem natural de tudo que havia sido apresentado anteriormente e uma criação de um pequeno universo em volta deste herói tão singular. Mas se você ficou insatisfeito com o primeiro longa é melhor passar longe desta continuação, pois não existe nenhum conceito diferente ou mudança de estilo.

Este é um filme muito autoconsciente do que deseja fazer e claramente se coloca como a franquia mais família do universo Marvel. A direção de Peyton Reed é extremamente inteligente em criar a narração visual das cenas de ação que por si só já são muito criativas. Particularmente quando fui ver esse filme estava bem curioso em ver como os conceitos de diminuir e crescer seriam usados para novas cenas, e felizmente fui agraciado com ótimas sacadas. A cada nova cena eles te surpreendem com as possibilidades de um poder que até então era considerado bobo.

Não me surpreenderia que uma nova geração de crianças tenham o Homem Formiga e a Vespa como um de seus heróis favoritos. Tanto a atuação de Paul Rudd quanto da Evangeline Lilly são muito carismáticas e a química natural que ambos possuem é bem divertida. Até mesmo Pym teve um aprofundamento em seu personagem, se tornando mais interessante e com uma curiosa (e sutil) semelhança com a sua contra-parte nos quadrinhos. De modo geral, todo o elenco de apoio funciona muito bem e cria essa sensação de família que te faz se importar com cada um deles. Quando o filme acaba ficamos até um pouco tristes de saber que teremos que esperar tanto tempo para nos encontrar novamente com todos eles, e ao mesmo tempo surpresos em como a trama consegue amarrar todos de forma super-eficiente.

O único defeito que consigo apontar é a atuação daquele que faz o vilão Fantasma, mas evitarei falar muito deste aspecto aqui, pois existe um mistério entorno deste personagem e eu não quero estragar nenhuma surpresa. Mesmo assim acho que em termos de vilões temos algo bem mais interessante do que a maioria do filmes da Marvel vem demonstrando ao longo dos seus 10 anos, porém também não é nada no nível de Loki e Thanos.

Homem Formiga e Vespa é um filme que te deixará feliz durante suas duas horas de duração e uma ótima pedida para levar as crianças ao cinema, mas vai agradar os adultos no mesmo nível. Alto astral, emocionante e muito criativo em diversos aspectos. Ele realmente cumpre a função de uma continuação em evoluir a trama e melhorar tudo o que já havia sido bom na primeira história. Quem diria que um  dos heróis mais desprezados da Marvel geraria uma franquia tão cativante.

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Raul Martins

Autor dos livros Cabeça do Embaixador e Onde os sonhos se realizam

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